Política

Taques pode ter dificuldades de atravessar até as convenções, diz Campos

O ex-senador Jayme Campos (DEM) disse ser improvável que o governador Pedro Taques (PSDB) continue no ninho tucano até as eleições de 2018. A crise interna do partido, polarizada entre o deputado federal Nilson Leitão, ex-presidente do PSDB-MT, e Pedro Taques, se agravou recentemente após a Executiva da sigla dizer que o apoio à eventual candidatura da reeleição depende de sua aprovação na opinião pública.

“O governador Pedro Taques precisa, urgentemente, de definir sua situação com direção do partido no Estado. Do jeito que está ficará muito difícil que ele atravesse as próprias convenções [partidárias]”, disse ele em entrevista à rádio Capital FM.

A fala de Campos não deixa claro, no entanto, o posicionamento dos democratas, grupo da base do governo Taques, sobreo atrito. A sigla já articula a adesão de políticos expressivos em Mato Grosso para as eleições de 2018. Há meses ocorrem conversas com dissidentes do PSB-MT, como os deputados Fábio Garcia (federal), Eduardo Botelho (estadual), e o ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, todos apontados com chances de disputar cargos majoritários nas próximas eleições.

Campos afirma que o compromisso com governo Pedro Taques se mantido até o fim de seu mandato, em dezembro de 2018, mas os democratas não estão impedidos de negociações paralelas para disputas as eleições.

“No que o governo precisar contar com o DEM, vamos estar disponíveis, até o fim do mandato. Mas, o partido não está preso para participar das eleições. E como vamos concorrer e com quais candidatos são assuntos que ainda serão definidos. Falar disso hoje é prematuro”.

Para Campos, o conflito interno no PSDB de Mato Grosso inviabilidade avanço na definição de Pedro Taques de sua pré-candidatura de reeleição ao governo do Estado, por falta de garantia de apoio ao projeto.

“O Pedro Taques precisa organizar a casa para então, de fato, ir ao campo. Caso contrário, pelo que tenho visto, ele terá muita dificuldade. Não se pode desconsiderar a insatisfação do Diretório quando à participação no governo, dar opiniões. Insatisfação manifestada pelo próprio ex-presidente do partido, Nilson Leitão”.

A briga entre Taques e Leitão teve início após o Diretório do PSDB definir pela escolha do deputado federal como nome que disputará cargo majoritário nas eleições de 2018. Leitão concorrerá a uma vaga no Senado e deixou a presidência do partido para iniciar articulações de pré-candidatura.

A escolha frustraria a pretensão de Pedro Taques de buscar reeleição no PSDB pela improbabilidade da sigla lançar dois candidatos a cargos majoritários num mesmo pleito.

Redação

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