O governador Pedro Taques (PSDB) disse que não vai não prolongar as discussões sobre quem é melhor que quem e afirmou que não vai comparar os feitos na administração pública de um e de outro. A declaração é uma resposta ao ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (DEM), que o desafiou publicamente na semana passada.
“Eu não quero fazer comparação. Eu não estou preocupado com a eleição agora. Eu estou preocupado em continuar trabalhando, administrando Mato Grosso. Só isso”, rebateu Taques na manhã desta segunda-feira (7), após a assinatura da ordem de serviço para a construção do Centro Inovação do Parque Tecnológico, em Várzea Grande.
Ainda na ocasião, Taques também foi questionado a respeito dos lançamentos de tantas obras em ano eleitoral, que estariam sendo mal vistos. Quanto a isso, o governador foi direto: “os adversários podem criticar à vontade. Me deixem trabalhar”.
O desafio
Na semana passada, em entrevista à Rádio Capital, o ex-prefeito de Cuiabá aproveitou o momento para alfinetar o governador, criticando duramente sua gestão. À imprensa, Mauro Mendes chegou a afirmar que Pedro Taques piorou ainda mais a situação de Mato Grosso.
Para o ex-prefeito, que tem sido alvo de muitas especulações a respeito das eleições de 2018, sua candidatura é ainda mais aguardada porque há uma “frustração” com a gestão atual. Mendes disse ainda que a população está carente de alguém que realmente trabalhe pelos interesses da sociedade.
As declarações de Mendes foram feitas após Taques rebater as críticas lançadas à sua gestão por um grupo de opositores que lançaram um manifesto contra sua reeleição. Na ocasião, o governador afirmou que “algumas empresas quebram por fracasso”, se referindo às empresas do ex-prefeito.
De aliado a opositor
No dia 24 de abril, um grupo da oposição lançou na imprensa um manifesto no qual elencaram os motivos pelos quais não são a favor da reeleição de Pedro Taques no governo. O grupo é formado por 31 pessoas, sendo ex-políticos, ex-secretários e ex-aliados, além de opositores ferrenhos, como o deputado estadual Zeca Viana (PDT). Segundo os opositores, Taques não teria as mínimas condições de administrar o Estado.
Em tom pesado do começo ao fim, o manifesto elenca uma série de problemas da gestão de Taques, desde as questões mais abordadas, como a situação da saúde, às reformas administrativas e tributárias, que foram promessas de campanha.
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