José Medeiros/Secom
Livre para poder mudar de partido, após a decisão decisão do Pleno do Supremo Tribunal Federal (STF), o governador Pedro Taques (PDT) comemorou a nova oportunidade de sair do seu grupo sem perder o mandato. Com a nova decisão da Justiça, o candidato eleito para cargos majoritários tem a autonomia de trocar de partido, sem o perder como antes.
Desta forma o governador de Mato Grosso, poderá sair do PDT sem colocar em risco seu pleito e não é mais necessário achar brechas na lei para fazê-lo. "Essa decisão dá o poder de decisão para o dono do cargo e não para o partido. Isso muda a vida dos candidatos eleitos e eu vejo a decisão do Supremo absolutamente correta. Recoloca uma discussão no lugar certo", explicou Pedro Taques, durante entrevista em seu gabinete no Plácio Paiaguás.
Em relação ao seu descontentamento com o PDT (partido aliado a presidente Dilma Rouseff), Taques explicou que não concorda com a política e as decisões tomadas por ela. Tanto que nas eleições 2014 deixou de apoiá-la para ficar ao lado de seu adversário Aécio Neves (PSDB) e "Sempre lutou para a o partido deixar a base ligada ao PT". Com a decisão do Supremo, as portas se abrem para que ele possa ir para outro partido.
"Recebi convites de vários governadores e estou conversando com meu grupo político para tomar uma decisão. Quando se faz política você não faz sozinho, você faz com seu grupo, mas nós vamos fazer o que é melhor para Mato Grosso", argumentou o governador. Conforme ele partidos como o PSDB, o PPS e PSB (esse dois últimos que são aliados) e outros já entraram em contato com ele após a decisão.
Questionado sobre prazos ou mesmo quais suas inclinações, Taques disse que ainda não se decidiu e que ele e seu grupo político estão analisando caso a caso. "As porta se abrem e eu sou um cidadão que gosta da liberdade.Vou escolher o meu destino e eu vou fazer isso num tempo razoável", completou.
A decisão
O STF julgou, na última quarta-feira (27), inconstitucionais os dispositivos de resolução do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que davam o poder do cargo ao partido para os mandatos majoritários (senadores, prefeitos, governadores e presidente da República). Ou seja, deixou a lei igual para os cargos de eleições proporcionais, sendo vereadores, deputados estaduais e federais.