O governador Pedro Taques (PSDB) se reuniu, nesta quinta-feira (10) em Brasília, com as principais lideranças do partido e defendeu que o impeachment da presidente Dilma Rousseff não é golpe. Todos os governadores tucanos e até mesmo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso avaliaram o agravamento da crise política. Após a reunião, Aécio neves (presidente da sigla) afirmou que há um sentimento dominante no partido de que as razões para a aprovação do impeachment são consistentes e que o processo ganhará força a cada dia.
“A discussão tem que se dar em torno da acusação de que a presidente da República cometeu crime de responsabilidade. Ela deve ter todo o direito a defesa, mas há um sentimento hoje convergente dentro do PSDB de que as razões objetivas para que o impeachment venha a ser aprovado pela Câmara dos Deputados e depois pelo Senado estão colocadas”, afirmou o senador Aécio Neves.
A declaração foi dada após reunião com os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin; do Paraná, Beto Richa;, do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja; de Mato Grosso, Pedro Taques; do Pará, Simão Jatene; e de Goiás, Marconi Perillo; na sede da Executiva Nacional do PSDB em Brasília. Além dos governadores e de FHC, participaram do encontro os líderes do partido na Câmara, Carlos Sampaio, e no Senado, Cássio Cunha Lima, o senador José Serra, e o vice-líder na Câmara, Nilson Leitão.
Na entrevista, o senador também afirmou que o partido vai apoiar os movimentos de rua favoráveis ao impedimento da presidente Dilma. Aécio ressaltou que é importante que a chefe do Executivo tenha amplo direito à defesa, mas que a petista precisa parar de apresentar justificativas para acusações que não pesam contra ela, numa tentativa de desviar o foco de ter cometido crime ao desrespeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal, conforme apontaram os ministros do Tribunal de Contas de União (TCU) ao apreciar as contas da presidente.
O senador Aécio Neves destacou também que a avaliação das principais lideranças do PSDB é de que a presidente Dilma perdeu as condições de enfrentar a grave crise política e econômica na qual o governo dela mergulhou o Brasil.
“O PSDB está absolutamente coeso, convergente, sabendo da sua responsabilidade hoje e no futuro e a nossa percepção final é de que a presidente da República vem, dia a dia, perdendo as condições de enfrentar essa crise e tirar os brasileiros das profundezas na qual o governo do PT e ela própria nos colocou. Portanto, é uma reunião para afinar a orquestra, nós estaremos, cada vez mais, conversando e convergindo no sentimento de que cabe à presidente da República dar respostas formais e definitivas às acusações que lhe são feitas, e não continuar a responder à acusações que jamais lhe foram feitas”, disse Aécio Neves.
Impeachment não é golpe
O presidente nacional do PSDB voltou a rebater declarações dadas por Dilma e seus aliados de que o processo de impeachment é uma ameaça à democracia. Aécio foi contundente ao afirmar que o impedimento da presidente da República está previsto na Constituição brasileira no caso de cometimento de crime de responsabilidade, e é justamente essa acusação que pesa contra a petista. Com assessoria