O governador Pedro Taques (PSDB) e o vice, Carlos Fávaro (PSD), subiram o tom de suas críticas contra o senador Wellington Fagundes (PR) em entrevistas paralelas a emissoras de rádio na manhã desta quarta-feira (25). Ambos atribuíram ao senador um perfil de político oportunista que tira proveito de cargo para se beneficiar.
Em entrevista simultânea para mais de 80 rádios, Taques chamou o senador de “guacho” e “aventureiro” por sua tentativa em repassar a construção do novo pronto-socorro de Cuiabá ao Ministério da Saúde. Para o governador, o objetivo da ação é angariar prestígio pela a construção de um novo hospital.
“Começamos a construir o novo pronto-socorro de Cuiabá com o [ex-] prefeito Mauro Mendes e continuamos com o prefeito Emanuel Pinheiro, frisando que um hospital público não é construído em Cuiabá há 31 anos. Agora que o hospital começa a ficar bonito, muitos aventureiros querem ser pai da criança. Mas, veja bem, é um político guacho – sabe aquele bezerro que nunca desmama?- que acho que o Estado é uma vaca e quer ficar a vida toda mamando no Estado. Preciso usar medicamento para matar bicheira. O senador Wellington Fagundes sabe bem o que é isso.”, disparou.
Em entrevista à rádio Capital FM, o vice-governador Carlos Fávaro respondeu os comentários feitos pelo senador Wellington Fagundes nesta terça-feira (24), que disse que “a vaca foi pro brejo” para se referir ao andamento do governo de Taques- devido à polêmica com servidores sobre o pagamento da RGA (Revisão Geral Anual) e crise econômica, que tem sido, segundo governo, motivos para atraso em repasse de verba para os municípios.
“De vaca eu entendo porque sou criador, e posso falar que se a vaca foi pro brejo é porque foi desnutrida. Durante cinco anos, o grupo do senador que governou o Estado [o atual ministro Blairo Maggi cumpriu seu primeiro mandato pelo PR] desnutriu a vaca e hoje está restituir o vigor do estado de Mato Grosso”, disse.
Fávaro também respondeu ao comentário do senador de suposta derrota do governador Pedro Taques nas eleições de 2016, quando os partidos da base governista conseguiram eleger um baixo número de candidato. Segundo o vice-governador, o grupo de Taques elegeu 100 dos 141 candidatos a prefeito no ano passado.
“O senador deve ter perdido a capacidade de fazer conta. O grupo do governo elegeu 100 dos 141 candidatos a prefeitos no ano passado. Não vejo como isso pode ser uma derrota para o governo.”