O ex-governador Pedro Taques foi denunciado pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), nesta segunda-feira (22), por envolvimento em um esquema de interceptações telefônicas clandestinas entre os anos de 2014 e 2015. O caso ficou conhecido em todo o Estado como ‘Grampolândia Pantaneira’.
Além dele, também responderão por improbidade administrativa o ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, o ex-comandante da Polícia Militar, Zaqueu Barbosa, o ex-chefe da Casa Militar, coronel Evandro Lesco, o ex-secretário de Justiça e Direitos Humanos, coronel Airton Siqueira e o sargento Gerson Corrêa.
Na ação movida pelo MPMT, o promotor Reinaldo Rodrigues de Oliveira Filho pediu a condenação dos envolvidos no esquema, o ressarcimento de mais de R$ 355 mil ao erário público, bem como o pagamento de multa por dano moral coletivo.
Conforme a denúncia, o ex-governador teve conhecimento do esquema de grampos em meados de 2015, quando foi comunicado pelo então secretário de Segurança Pública, o promotor Mauro Zaque. O MP entende que Taques estava se utilizando das escutas ilegais para obter informações sigilosas de adversários políticos, advogados, jornalistas, entre outros agentes.
Reinaldo Rodrigues sustenta a tese de que Zaqueu Barbosa, subchefe do Estado Maior em 2014, idealizou a criação do Núcleo de Inteligência para realizar as interceptações telefônicas. O comandante da PM teria contado com o apoio dos companheiros de farda Evandro Lesco, Gerson Corrêa e Airton Siqueira.
A ‘central da arapongagem’ foi aprimorada com o aperfeiçoamento do sistema de mapeamento de rede, internet, plataforma de gravações e armazenamento de dados e a implantação de equipamentos avançados no ano seguinte. Todas essas melhorias técnicas teriam custado aos cofres públicos a quantia de R$ 177,7 mil.
Outro lado
Em nota, Pedro Taques negou qualquer participação no esquema e afirmou que o Ministério Público não apresentou provas concretas que o incrimine. O ex-gestor destacou ainda que confia na Justiça.
Confira a nota na íntegra:
“1) expresso meu respeito ao MP brasileiro, Instituição necessária para a Democracia, e ao promotor de Justiça que assinou a petição;
2) todos q exercem cargos públicos estão sujeitos a ação, ninguém está acima da da Constituição e das Leis, inclusive eu;
3) no entanto, se tudo que o MP coloca no papel fosse a verdade absoluta, não se precisaria do Poder Judiciário. Na Democracia, é ele, o Poder Judiciário, o encarregado de dar a última palavra, com o necessário devido processo legal; 4) sobre o fatos, o MP fundamentou a ação, em relação a minha pessoa, em 5 indícios, que ele mesmo assim denomina, todos suposições e ilações do próprio MP:
A) que eu deveria ter conhecimento: nunca fiz, não mandei, não soube, tomei conhecimento e, imediatamente tomei a providência;
B) pedi, assim q soube, q o MP, o Gaeco, tomasse providência, isso por ofício, inclusive citando o nome do tal Cabo Gerson, e nada foi feito, ao contrário, foi arquivado, sem investigação, e porque isso não foi indagado pelo culto promotor de Justiça? C) em depoimento por mim prestado ao MP, um dia após a quarta feira de cinzas, de 2020, fiz várias representações, inclusive contra o promotor Mauro Zaque, quais as providências tomadas
depois de mais de ano? D) no mesmo depoimento, há mais de ano, solicitei ao Culto promotor, providências em relação a um laudo não constante dos autos, qual seja, perícia no celular de um tal coronel Soares, qual providência foi tomada?
E) dentre outras providências , todas feitas no mesmo depoimento; 5) se existe algo que ainda confio, é na Justiça, estou pronto para fazer minha defesa, pois nada fiz de errado, quem fez, tem que ser responsabilizado, com obediência ao devido processo legal.1) expresso meu respeito ao MP brasileiro, Instituição necessária para a Democracia, e ao promotor de Justiça que assinou a petição;
2) todos q exercem cargos públicos estão sujeitos a ação, ninguém está acima da da Constituição e das Leis, inclusive eu;
3) no entanto, se tudo que o MP coloca no papel fosse a verdade absoluta, não se precisaria do Poder Judiciário. Na Democracia, é ele, o Poder Judiciário, o encarregado de dar a última palavra, com o necessário devido processo legal; 4) sobre o fatos, o MP fundamentou a ação, em relação a minha pessoa, em 5 indícios, que ele mesmo assim denomina, todos suposições e ilações do próprio MP:
A) que eu deveria ter conhecimento: nunca fiz, não mandei, não soube, tomei conhecimento e, imediatamente tomei a providência;
B) pedi, assim q soube, q o MP, o Gaeco, tomasse providência, isso por ofício, inclusive citando o nome do tal Cabo Gerson, e nada foi feito, ao contrário, foi arquivado, sem investigação, e porque isso não foi indagado pelo culto promotor de Justiça? C) em depoimento por mim prestado ao MP, um dia após a quarta feira de cinzas, de 2020, fiz várias representações, inclusive contra o promotor Mauro Zaque, quais as providências tomadas
depois de mais de ano? D) no mesmo depoimento, há mais de ano, solicitei ao Culto promotor, providências em relação a um laudo não constante dos autos, qual seja, perícia no celular de um tal coronel Soares, qual providência foi tomada?
E) dentre outras providências , todas feitas no mesmo depoimento; 5) se existe algo que ainda confio, é na Justiça, estou pronto para fazer minha defesa, pois nada fiz de errado, quem fez, tem que ser responsabilizado, com obediência ao devido processo legal."