Gcom/MT – Rafaella Zanol
O governador Pedro Taques (PSDB) disse que a situação da Presidente Dilma Roussef (PT) é grave e que ele e outros governadores irão cobrar um posicionamento da representante do Palácio do Planalto. O tucano disse isso na saída do evento de comemoração dos 50 anos da Casa Civil e da Casa Militar de Mato Grosso, realizado no Cenarium Rural. Taques terá uma reunião com a presidente, nesta sexta-feira (04) as 15h, onde será apresentada a proposta técnica de alongamento da dívida dos Estados e as contrapartidas que serão exigidas em troca.
“A situação é grave. A presidente Dilma convocou reunião às 15h de sexta. Vou junto com os governadores do Fórum Brasil Central. Espero que ela se manifeste sobre tudo o que está acontecendo”, declarou Taques.
Entenda
O senador da república Delcidio do Amaral (PT-MS) denunciou a presidente Dilma Roussef (PT) e o ex-presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em um acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República (PGR). Delcídio deixou a prisão em 19 de fevereiro, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), após ter ficado 87 dias na cadeia acusado de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato. As informações constam na edição da revista IstoÉ, que circulou nesta quinta-feira (03). (Leia a reportagem aqui)
Segundo a revista "IstoÉ", Delcídio afirmou que Lula tinha conhecimento do esquema de corrupção que atuava na Petrobras, que agiu pessoalmente para barrar as investigações da Lava Jato e que seria o mandante do pagamento para tentar comprar o silêncio de testemunhas.
Delcídio afirma ainda, de acordo com a reportagem da "IstoÉ", que Dilma agiu para manter na Petrobras os diretores comprometidos com o esquema de corrupção e nomeou para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) um ministro que se comprometeu a votar pela soltura de empreiteiros já denunciados pela Lava Jato.
O depoimento, obtido pela revista, complica a situação política da presidente Dilma e comprometem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a reportagem pouco antes de deixar a prisão, no dia 19 de fevereiro, o senador Delcidio Amaral (PT-SP) fez um acordo de delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato. O documento, de 400 páginas, mostra segundo a revista o mais explosivo relato até agora revelado sobre o maior esquema de corrupção no Brasil.
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Defesa de Delcídio nega acordo de delação premiada com MPF