Política

Taques diz que proposta de reforma previdenciária será cautelosa com servidores

O governador Pedro Taques (PSDB) confirmou que o Governo do Estado irá dar continuídade no plano para a reforma previdenciária em Mato Grosso. Após o presidente Michel Temer (PMDB) retirar os servidores do estado da reforma em âmbito nacional – que será votada no Congresso -, o tucano disse que terá cautela para não prejudicar os trabalhadores estaduais

Em conversa a imprensa durante cerimônia de inauguração de uma escola no Bairro Planalto, em Cuiabá, na quarta-feira (22), Taques afirmou que trabalha na construção de uma plano para proposta de mudança e sugeriu que procurar o governo federal para apoiar as medidas.

“Estamos esperando a construção nacional para saber como decidir em Mato Grosso. Cada um com seus problemas? Não. Estamos trabalhando para fazer um projeto para não prejudicar os servidores”, disse.

Em entrevista ao Circuito Mato Grosso nesta quinta-feira (23), o secretário de Gestão, Júlio Modesto, também sinalizou que a decisão da União não irá alterar a reforma em Mato Grosso. Ele afirma que o déficit do setor, que encerrará 2017 na casa dos R$ 800 milhões,  impõe a necessidade de reequilíbrio das contas.

“Isso é uma questão de seguridade para milhões de pessoas e precisa ser levado a sério. Mato Grosso vem tendo déficit crescente, acima de 20% ao ano, por causa do desequilíbrio entre o quanto se paga e o quanto é contribuído para a Previdência. Precisamos pensar medidas de urgência, mas o problema precisa ser pensado principalmente para questão de a longo prazo”.

O secretário Modesto afirmou que, no caso de Mato Grosso, o plano de restruturação será avaliado com base em estudo sobre o sistema de contribuição em andamento por técnicos do Banco do Brasil.  A previsão é que o resultado seja divulgado até o fim de abril.

“Com esse estudo em mãos, vamos ter condições de avaliar o que poderá ser feito. É uma situação delicada, precisa ser pensada com cautela, até por que não é intenção do Governo prejudicar os servidores. O déficit da Previdência está aí para se ver e é preciso fazer alguma para corrigir a distorção”.

O único anúncio oficial do Governo é a cogitação de aumentar a contribuição de 11% para 14%.

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Reinaldo Fernandes

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