José Medeiros / Gcom
O governador Pedro Taques disse que os novos fatos que surgiram nesta terça-feira (15), sobre o envolvimento de Aloísio Mercadante e a oficialização da proposta de um superministério ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), devem acelerar o rito para o impeachment da Presidente Dilma Roussef (PT). A informação foi dada após a reunião com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, em Brasília.
Para Taques, segundo informou sua assessoria de imprensa, o agravamento da crise política é mais um combustível para que o congresso acelere o processo para retirada de Dilma do poder.
O objetivo mor da viagem de Taques, ao Distrito Federal, foi para analisar a proposta do Governo Federal de alongamento da dívida dos estados com a União.
A proposta do Governo Federal é esticar a dívida com a União, que foi renegociada pela Lei nº 9.496/1997, é conceder aos entes federativos mais 20 anos para pagar o débito. Caso faça a opção pelo alongamento, Mato Grosso ganhará mais dez anos para quitar a dívida, com quatro anos de carência, período em que será feito apenas o pagamento de juros. Essa negociação é possível para dívidas contratadas até 31 de dezembro de 2015.
De acordo com Pedro Taques, é preciso estudar com a equipe técnica do governo os detalhes de tal proposta. “Preciso pensar os cenários a respeito. Para Mato Grosso seriam R$ 150 milhões a menos a pagar se aceitássemos a carência, mas preciso saber qual o volume de operação de crédito a que teríamos possibilidade”, explicou.
Segundo cálculos da secretaria adjunta do Tesouro de Mato Grosso, a dívida que poderá ser prolongada é de cerca de R$ 3 bilhões, sendo parte dela com a União e outra contraída com o BNDES, direta ou indiretamente (por meio do Banco do Brasil ou Caixa Econômica Federal).