Foto Ahmad Jarrah
Após indicativo de greve de policiais, investigadores e escrivães da Polícia Civil de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB) garantiu o reajuste salarial de 10% à categoria. A readequação segue a lei 565/2015 assinada pelo próprio governador no início de sua gestão e postergada de fevereiro para abril deste ano. Frente a mais um atraso, a classe apresentou o indicativo de greve, que levou Taques à reunião e garantia de concessão do reajuste em abril de 2016.
Contudo, a mesma postura não é vista com outros setores, como o Detran, por exemplo. O órgão entrou em greve duas vezes durante o ano passado, reivindicando melhores condições de trabalho e nomeação de concursados, mas continua até hoje com estrutura e atendimento precários, além de defasagem de 70% no quadro de funcionários.
A gestão de Pedro Taques vem apresentando muitos problemas em relação aos salários dos servidores e investimentos. O governador afirma que os repasses da União diminuíram 70% comparados ao ano passado, deixando o Estado sem recursos e trabalhando no limite da Lei da Responsabilidade Fiscal (LRF).
“Os servidores públicos têm direitos que precisam preservados. Mas nós vivemos um momento de crise. A maioria dos Estados não está conseguindo nem pagar salários. Então, nós, governo e servidores, temos que ter um acordo neste momento. Aliás, nós já conversamos várias vezes com o Fórum Sindical, eu entendo legítimo esse tipo de debate e não tomaremos nenhuma decisão sem comunicá-los. Em relação a concurso, nós precisamos, sim. Existem poucos policiais, poucos servidores na Saúde, agora, a lei de Responsabilidade Fiscal é o limite, e eu não vou desobedecer a lei”, afirmou Taques em entrevista ao Mídia News.
Problemas de investimento e reajustes salariais são observados em diversos setores como educação e saúde, no entanto, o governo continua investindo fortemente na segurança pública. Sua gestão foi a que mais contratou policiais: 1 mil e 952.