Sempre que era inquirido a responder se vai ou não encarar a briga (que promete ser cada vez mais feia) pela reeleição, o governador Pedro Taques (PSDB) desconversava e procurava envolver todo mundo com uma frase que remete à sua origem cuiabana: “só falarei disso depois que comer a canjica”. Sexta-feira da Paixão chegou, sábado de aleluia passou (duas oportunidades históricas pra comer o doce de milho em calda de leite), Páscoa também e, adivinhe, ao ser perguntado se assumiria finalmente a pré-candidatura, Taques continua enrolando, apesar de fazer outra alusão religiosa: disse que não vai fazer o diabo para se reeleger nem qualquer “coisa errada”. Para alguns, ele está mesmo é sendo estratégico, pois ao não assumir candidatura, fica livre, em tese, para circular por tudo que é evento, inaugurar obras, aparecer bastante na mídia, sem o risco de qualquer acusação de campanha extemporânea. Para outros, a história da canjica era só migué mesmo, para tentar sondar para onde caminharia a humanidade política e ver, enfim, o quão viável será seu projeto.