O governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), classificou como “patifaria” e “palhaçada” a notícia divulgada pela Força Aérea Brasileira (FAB) de que um avião bimotor teria saído da fazenda do grupo AMaggi, do ministro de agricultura, Blairo Maggi (PP), recheado de entorpecente, no último domingo (25).
“Essa semana fizeram uma patifaria com o ministro Maggi, dizendo que o avião teria saído da fazenda dele. Quero desagravar o senador Maggi, isso é palhaçada”, ressaltou o governador na manhã desta segunda-feira (28).
As informações de que o avião teria partido da fazenda Itamarati Norte, arrendada pelo grupo, foram desmentidas pelos pilotos assim que ouvidos pela Polícia Federal. Segundo a PF, o avião teria saído da Bolívia e teria como destino um município de Goiás.
Para Taques, as informações precipitadas geram dano a imagem do senador. “Isso mostra o prejuízo que uma notícia mal dada pode trazer ao cidadão. Hoje, na sociedade que se denomina de pós-verdade, qualquer coisa que põe na imprensa, na internet, esse ‘troço’ vaza e não tem mais volta. É igual a palavra lançada. Igual a pena que sai de um travesseiro: não volta”, declarou o governador.
Ainda no discurso, o chefe do Paiaguás reinterou: “Quero aqui dizer que o que fizeram com o ministro Maggi é uma patifaria”.
O caso
O piloto e copiloto da aeronave com cerca de 600kg de cocaína foram presos em Itapirapuã (GO), cidade que fica há 196 km de Goiânia (GO) e há 40 km do local do pouso do avião com a droga. Eles não tiveram as identidades reveladas pela Polícia Federal.
A abordagem ao avião se deu na tarde de domingo (25), quando a FAB contatou a aeronave solicitando que a mesma pousasse.
Os pilotos chegaram a desobedecer ao comando da Força Aérea, forçando-os a dispararem um tiro de advertência contra o avião. Após isso, a FAB comunicou a Polícia Militar de Goiás, que fez a apreensão, uma vez que o avião tucano da FAB não conseguia pousar no local.
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