Política

Taques chama Silval de mentiroso e diz que muitos temem sua chegada ao Governo

 
Em entrevista ao programa Folha Mix, da Rádio Mix FM, Taques disse que luta por um modelo de gestão diferente do atual e alega que Mato Grosso precisa de um governo mais transparente, decente e de igualdade. 
 
“Não posso permitir que professores fiquem em greve por 70 dias. Não posso permitir que a Secretaria de Segurança Pública pague o terceiro pior salário do país. A população não pode cair no conto do vigário. A diferença é que eu não faço uma gestão da mentira, faço gestão da verdade”, disparou o senador. 
 
Durante pouco mais de uma hora de entrevista, Taques ainda lembrou promessas de campanha feitas pela atual gestão e que não foram cumpridas. “Como posso prometer em um programa de campanha que eu iria construir 120 UPAS e não termos hoje as 120?”, questionou ele ao reiterar que defende um estado mais ético e eficiente. 
 
Questionado sobre os boatos de algumas categorias no Estado serem temerárias a seu Governo, Taques ironizou: “Isso não é nem lenda, algumas pessoas realmente têm medo que eu chegue ao governo de Mato Grosso. Agora aquele que faz a coisa certa pode ficar tranquilo, dormir bem, não precisa nem tomar remédio. Governador do Estado não é polícia, não é membro do Ministério Público”. 
 
Alianças 
 
O pedetista pontou que o partido tem conversado com outras siglas, na tentativa de compor o melhor arco de alianças para a próxima eleição. Ele disse ainda não se sentir incomodado em dialogar com partidos como o DEM do senador Jayme Campos, ou ainda com o PP, do ex-deputado Pedro Henry, condenado no esquema do Mensalão. 
 
Ele ainda aproveitou os questionamentos para ‘alfinetar’ o caso do Mensalão. “O PT tem ex-deputados e dirigentes presos, nem por isso o partido tem que acabar. Toda a cúpula dá expediente na Papuda, mas o partido tem seus militantes e precisa ser respeito”, ironizou ele ao lembrar que parte dos condenados no Mensalão cumpre pena no Centro de Internamento e Reeducação (CIR) do presídio da Papuda, em Brasília. 
 
Em uma entrevista repleta de frases de efeito, Taques argumentou que “não sou uma vaquinha de presépio, não sou maria-vai-com-as-outras, nem pau mandado. Tenho minha personalidade, política não se faz sozinho, eu ouço, mas na hora de decidir alguém tem que decidir”, pontuou ele.  
Obras da Copa
 
Não faltaram ainda críticas em relação a condução das obras da Copa em Cuiabá e Várzea Grande. O senador citou, por exemplo, a promessa não concretizada de que o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ficaria pronto para a Copa do Mundo. “Eles usam o RDC (Regime Diferenciado de Contratação) na cara de pau e agora vem e diz que não vai ficar pronto”, criticou. 
 
O senador sustentou que o Governo deveria ter escolhido prioridades e comparou a dimensão e o valor da obra do VLT com outras obras que, segundo ele, são fundamentais para o Estado. 
 
“É fácil ser engenheiro de obra acabada, mas imagine. O VLT são 22 km a R$ 1,477bilhão. Para chegar o trilho de Rondonópolis até Cuiabá é R$ R$1,400 bilhão e são 220km. Para duplicar de Rondonópolis até o Posto Gil, R$ 1,100 bilhão. É preciso escolher prioridades, porque estamos utilizando dinheiro público”, defendeu ele.  
 
Ainda sobre este assunto, Taques lembrou que ainda não existe a certeza de quando a obra estará concluída, tampouco o valor da tarifa do novo modal de transporte. “Agora eles vão ter que dizer: mentimos ou somos incompetentes”, disse ele. 
 
O senador ainda assegurou que o Estado abriu frentes de trabalho de forma equivocada, o que segundo ele, é sinônimo de um estado sem planejamento e que não é capaz de construir e concretizar políticas públicas. “Houve falha e isso tem que ser dito”, finalizou. 
 
 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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