Uma fonte do COI teria comparado as conclusões das obras de Atenas 2004, Londres 2012 e Rio 2016 faltando dois anos para os Jogos:
– Em Atenas 40% dos locais estavam prontos. Londres tinha 60%. E o Brasil, 10%. E eles têm apenas dois anos.
O jornal perguntou qual seria o plano B.
– Obviamente voltar para Londres. É muito improvável, mas seria algo lógico a ser feito – disse a fonte.
O COI negou a informação à Agência Reuters:
– Não há um pingo de verdade nisso.
O "London Evening Standard" citou a possibilidade de Londres sediar os Jogos de 2016 com Glasgow, que em julho deste ano receberá os Jogos da Amizade – Commonwealth Games. Um diretor que trabalhou nas Olimpíadas de Londres disse que há tempo suficiente para deixar a cidade pronta. Porém, surgiriam algumas dificuldades. A vila olímpica que hospedou os 17 mil atletas virou um condomínio privado. Alguns locais de competição foram convertidos em locais públicos e adaptá-los novamente custaria bilhões de libras.
O Globoesporte.com apurou junto ao COI que os atrasos realmente preocupam – mas que a chance das Olimpíadas deixarem o Rio não existe. Existe, porém, a possibilidade de que alguns esportes sejam disputados em outras cidades brasileiras.
A preparação dos Jogos de 2016 passa por uma série de críticas em relação aos atrasos nas obras. Começou com a demissão da presidente da Empresa Olímpica Municipal, Maria Silvia Bastos. Na sequência vieram a greve dos operários do Parque Olímpico e o anúncio da intervenção do COI. Vice-presidente da entidade, o australiano John Coates disse que a preparação do Rio era pior do que a de Atenas 2004, considerada uma das edições mais problemáticas da história. Dias depois, porém, ele amenizou as críticas e expressou sua confiança de que o Rio "entregue Jogos excelentes".
Globo Esporte