Duas pessoas foram presas pela Polícia Civil na tarde desta terça-feira (15) por envolvimento na execução do garimpeiro José Esponton, ocorrida no fim de setembro no município de Aripuanã (930 km de Cuiabá). Os mandados de prisão foram cumpridos na cidade em que o crime foi cometido e em Rondonópolis. A disputa entre facções criminosas rivais seria uma das motivações do homicídio.
Em Aripuanã, a equipe da delegacia do município e policiais de Juína cumpriu o mandado contra o executor “que matou “Zé Gavião”, como a vítima era conhecida, em 28 de setembro. A vítima, garimpeiro bastante conhecido na região, estava na conveniência de um posto de gasolina da cidade quando dois homens em uma motocicleta chegaram ao local, se aproximaram da mesa e o garupa disparou contra José e outras duas mulheres que o acompanhavam.
O executor do crime, um jovem de 18 anos, foi localizado em uma quitinete no centro da cidade. Com ele foram apreendidos um revólver calibre 38, dezenas de munições e entorpecentes. O investigado confessou a execução e afirmou que veio para a cidade no intuito de fortalecer uma facção criminosa, que seria contrária ao grupo do qual supostamente José Esponton faria parte.
I.D.S.F. acabou confessando também a execução de Willian Matheus Pereira Soldera, de 23 anos, ocorrida no na semanada passada, também em Aripuanã. Segundo o criminoso preso, a motivação seria a mesma da morte do garimpeiro.
Na quitinete onde os policiais localizaram o executor, estava uma mulher de 20 anos, que tinha um um mandado de prisão definitiva em aberto, expedido pela 5ª Vara Criminal de Sinop pelos crimes de tráfico e associação para o tráfico. Ela foi condenada a 10 anos de reclusão.
Em Rondonópolis, policiais da Derf prenderam G.D.S..S.F, de 29 anos. De acordo com a investigação, ele deu apoio logístico a integrantes da facção criminosa em Aripuanã e foi o responsável em alugar as casas usadas pelo executor dos homicídios de José Esponton e Willian Soldera. Após preparar o terreno para o executor, ele fugiu de Aripuanã.
Os detidos foram encaminhados para as respectivas delegacias de Rondonópolis e Aripuanã, onde foram interrogados e passarão por audiência de custódia e depois irão para unidades do sistema prisional.
O delegado Ronaldo Binotti destaca que as investigações pela Delegacia de Aripuanã continuarão a fim de identificar outros envolvidos nos dois homicídios. “E responsabilizar todos que, de qualquer forma, tenham participado dessas execuções recentes que assustaram toda a população local”, pontuou o delegado.