Um homem de 40 anos foi alvo de dois mandados de busca e apreensão cumpridos pelas Polícias Civis de Mato Grosso e Rondônia, nesta terça-feira (9), em Vilhena (RO). Ele é suspeito de envolvimento no acidente que matou o delegado aposentado Manoel Jorge de Araújo e sua esposa, Eliane Gonçalves Madrona, no dia 7 de outubro, em Comodoro. O casal estava em um Chevrolet Montana que colidiu contra a traseira de um caminhão carregado com madeira ilegal.
As investigações apontaram que o caminhão Ford 11000 transitava sem os equipamentos obrigatórios de segurança, como faixas refletivas e para-choque traseiro, além de apresentar avarias que inviabilizavam seu tráfego regular. O veículo estava carregado com toras extraídas ilegalmente e, após a colisão, o motorista fugiu do local sem prestar socorro às vítimas, utilizando um segundo veículo que acompanhava o transporte clandestino da madeira.
Conduzidas pela Delegacia de Comodoro, as apurações também revelaram que o suspeito é reincidente em crimes ambientais e continuou atuando no transporte clandestino mesmo após o acidente fatal. Há indícios de que o caminhão usado no dia da colisão era compartilhado com outro investigado ligado ao esquema de exploração vegetal ilegal. Laudos periciais concluíram que as irregularidades do caminhão foram determinantes para o desfecho trágico.
Durante o cumprimento das ordens judiciais, o suspeito acabou preso em flagrante. As equipes apreenderam toras de madeira extraídas de forma ilegal, veículos usados no transporte clandestino, motosserras e outros equipamentos associados aos crimes ambientais. O material reforça a suspeita de atuação dentro de uma estrutura organizada de exploração e comercialização irregular de recursos florestais.
Segundo o delegado responsável, Mateus Reiners, a operação representa um passo importante tanto para esclarecer as circunstâncias da morte do delegado quanto para desmontar redes criminosas que atuam na região. Ele destacou que o transporte ilegal de madeira provoca danos ambientais e sociais significativos e seguirá sendo alvo prioritário das ações policiais.


