Circuito Cinema

Susan Sarandon vive mãe de amante do ator Errol Flynn em “The Last of Robin Hood”

 
No papel de Florence Aadland, mãe de Beverly, a jovem paixão de Flynn, Sarandon mergulha na natureza delirante e na cumplicidade de Aadland no caso ilícito de dois anos que chocou Hollywood quando veio à tona em 1959, após a morte de Flynn.
 
“Achei muito interessante como nos iludimos para poder sobreviver, poder conseguir o que achamos ser o melhor”, disse Sarandon, de 67 anos, sobre o filme que estreia nos cinemas norte-americanos na sexta-feira.
 
Sarandon, vencedora do Oscar de melhor atriz por “Os Últimos Passos De Um Homem” em 1996, já interpretou mães, e até uma avó, em produções que vão desde “Menina Bonita”, de 1978, à comédia "Tammy", de 2014.
 
Na desleixada Aadland, uma ex-dançarina cuja carreira terminou quando ela perdeu uma perna em um acidente de carro, Sarandon exibe uma mulher que viveu por meio da filha, que preparou para uma carreira em Hollywood.
 
“Qualquer que fosse sua ideia sobre uma vida boa, com certeza tinha alguma ligação com o mundo do entretenimento. Todas aquelas pessoas que foram a Hollywood naqueles tempos, antes de se tornar tão corporativo, conseguiam ver isso como uma chance, um sonho”, declarou Sarandon.
 
O também vencedor do Oscar Kevin Kline ("Um Peixe Chamado Wanda") interpreta Flynn, beberrão e galanteador notório e conhecido por seus papéis de aventureiro nos filmes dos anos 1930 "As Aventuras de Robin Hood" e "Capitão Blood".
 
Flynn já tinha enfrentado duas acusações de estupro qualificado que quase arruinaram sua carreira declinante quando conheceu Beverly, vivida pela atriz Dakota Fanning, da saga “Crepúsculo”.
 
Depois de notar Beverly nas cercanias de um estúdio onde trabalhava como dançarina, Flynn a convidou para um falso teste, levou-a para jantar e a seduziu. Aadland ficou tão encantada que se convenceu de que a relação de sua filha era inocente até ser confrontada com a realidade.
 
“A princípio eles a enganaram durante um bom tempo, e ela certamente não estava questionando muito as coisas, porque acreditava que era a chance de sua filha. A ironia, claro, é que a filha tinha bem pouco interesse na carreira”, disse Sarandon.
 
“O que me interessou foi esse entendimento entre eles. Todos contribuíram para a ilusão”.
 
UOL

Redação

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