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Surtos de sarampo no Brasil e nos EUA revela problema na vacinação

Os recentes surtos de sarampo ocorridos nos Estados Unidos e no Brasil sugerem que as taxas de imunização contra a doença em algumas áreas estão abaixo do necessário para prevenir a propagação de casos importados nas Américas. A conclusão é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que reforçou a importância de os países manterem altas taxas de cobertura vacinal no Continente.

O sarampo é considerado erradicado nas Américas desde 2002, uma vez que não há relatos de transmissão endêmica da doença na região desde então. Um comitê internacional de verificação fazia o trabalho de compilar dados e informações com o objetivo de declarar formalmente o Continente livre da doença.

De acordo com a OMS, a eliminação do sarampo nas Américas enfrenta grandes desafios. Até o momento, foram identificados 147 casos confirmados da doença em quatro países do Continente Americano este ano – 121 nos Estados Unidos –, todos ligados a um surto registrado no parque de diversões da Disneylandia, na Califórnia, em dezembro. Também houve um caso no México, ligado ao surto americano, 21 no Brasil e quatro no Canadá.

Os casos no Brasil, segundo a OMS, são parte de um surto maior que começou em 2013 e já infectou mais de 700 pessoas, em 31 municípios. Os dados mostram que, entre 2003 e 2014, as Américas registraram um total de 5.077 casos importados de sarampo, a maioria em 2011.

A vacina contra a doença, destaca a OMS, é usada há mais de 50 anos e tem sua segurança e eficácia comprovadas. Globalmente, a estimativa é que a imunização tenha prevenido cerca de 15,6 milhões de mortes entre 2000 e 2013.

A recomendação do órgão é que as crianças recebam duas doses da vacina contra o sarampo antes de completar 5 anos e que os níveis de cobertura, com ambas as doses, sejam mantidos em 95% ou mais para prevenir a propagação de casos importados. Atualmente, cerca de 92% das crianças com 1 ano, nas Américas, recebeu a primeira dose da vacina.

Diante dos surtos recentes, a OMS recomenda que os governos orientem os viajantes que vão a regiões onde a doença circula a checar o cartão de vacinação. Isso é válido não apenas para menores de 6 meses, que não devem ser vacinados. Os turistas devem ser informados sobre os principais sintomas do sarampo e o que fazer em caso de suspeita.

Outra medida é a sensibilização de profissionais de saúde para comunicar de forma imediata a suspeita de casos da doença, além de investigar contatos próximos do paciente e locais onde ele esteve na tentativa de interromper a cadeia de transmissão.

Fonte: Agência Brasil

Redação

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