Foto Willian Matos
DO HIPERNOTÍCIAS
O ex-secretário chefe da Casa Civil Paulo Taques foi acusado por Tatiana Sangalli Padilha, que seria sua suposta amante, de ter contratado um policial "fantasma" para atuar na Casa Civil. A informação consta nas interceptações telefônicas da "Operação Querubin", deflagrada internamente pelo setor de Inteligência da Polícia Civil para investigar um possível plano de atentado contra a vida do governador Pedro Taques (PSDB). .
De acordo com o relatório da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Tati, como é identificada Tatiana Sangalli, fala sobre o assunto com uma pessoa não identificada no dia 07 de maio de 2015.
Tati explica na ligação que um policial chamado "Serginho" não estaria indo trabalhar na Casa Civil. "O Sérgio é um folgado. Ele está "fantasma", ele vai uma vez na semana, quando vai. Acho que está quase um mês que ele não aparece lá", diz trecho da transcrição da interceptação telefônica.
Sangalli deixa claro, que quem passou a informação para ela, é Caroline Mariano dos Santos, que era assessora de Paulo Taques e trabalhava com ele há muito tempo em seu escritório de advocacia.
A nossa reportagem entrou em contato com Caroline, que chegou a atender a ligação, mas preferiu não comentar nada sobre o assunto. "Não tenho nada a declarar", disse.
Já o susposto policial fantasma com o nome "Sérgio" não obtivemos mais informações.
Porém, no Diário Oficial do Estado (DOE-MT) do dia 24 de março de 2015, aparece uma autorização para que Sérgio Walmir Monteiro Salles seja cedido da Policia Judiciária Civil para atuar na Casa Civil até janeiro de 2016.
Diante das acusações contra Paulo Taques, o delegado encaminhou o relatório ao juízo criminal da Vara do Crime Organizado e ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). E ainda sugeriu que, caso fosse necesário, os áudios fossem encaminhados à Delegacia Fazendária para investigação das “falcatruas” atribuídas ao ex-secretário.