Uma Super-Lua ocorre quando a Lua encontra-se na posição de sua órbita mais próxima à Terra, distância conhecida como perigeu lunar, ou ainda, quando está muito perto do perigeu – acima de 90% de sua máxima aproximação ao nosso planeta. O termo Super-Lua foi introduzido pelo astrólogo Richard Nolle em 1979, que, em sua definição, incluiu tanto a Lua na fase cheia, quanto na fase nova. Porém, o interesse popular pela Super-Lua só ocorre em sua fase cheia, quando o nosso satélite natural parece maior e mais belo no céu. Para os astrônomos, é apenas uma Lua cheia no perigeu, um evento astronômico rotineiro.
De acordo com a definição de Nolle, durante um ano ocorre mais de uma Super-Lua. Para este ano foram previstas as ocorrências de três desses fenômenos lunares. O primeiro ocorreu em 16 de outubro passado e os outros dois ocorrerão, respectivamente, em 14 de novembro e em 14 de dezembro. A Super-Lua de 14 de novembro, com o perigeu a, aproximadamente, 356 511 km, será a mais próxima à Terra neste ano.
No entanto, não é por causa disso que a Super-Lua de novembro será tão especial e, sim, porque a última Lua cheia no perigeu que esteve tão perto da Terra, com perigeu a 356 462 km, ocorreu em 26 de janeiro de 1948, ou seja, há mais de 68 anos. Ademais, só daqui a 18 anos, em 25 de novembro de 2034 (com o perigeu a cerca de 356 447 km), a Lua na fase cheia estará tão perto. No entanto, a Super-Lua mais próxima à Terra no século 21 (2001- 2100) só ocorrerá em 6 de dezembro de 2052 (em torno de 356 424 km).
Existem pequenas diferenças na distância ao perigeu quando fornecidas por vários autores; isso ocorre porque para observadores localizados em diversos lugares na Terra, a distância Terra-Lua é ligeiramente diferente. Então, as distâncias ao perigeu citadas acima e os horários descritos abaixo são valores aproximados, nada que influencie o fenômeno.
Ressalta-se que o efeito da Super-Lua fica mais evidenciado quando essa é observada próxima ao horizonte, se levantando, ou, também, quando ela se põe na esfera celeste. Isso ocorre porque próxima ao horizonte é possível compará-la com construções e árvores, por exemplo.
A Lua alcançará o perigeu (11h24min UTC – tempo universal) cerca de duas horas e meia antes de entrar na fase cheia (13h54min UTC). No horário de verão de Brasília esses eventos ocorrerão às 9h24min e 11h54min, respectivamente; no de Mato Grosso, 8h24min e 10h54min; no de Rondonia, 7h24min e 9h54min, e no do Acre, 6h24min e 8h54min, na devida ordem. Nesses horários ela não será observada no Brasil, e, para o nosso país, o efeito será mais forte na madrugada do dia 14 – segunda feira – quando a Lua estiver se pondo do lado oeste. Esse será o horário de observação mais próximo à ocorrência dos eventos, porém, no começo da noite de 14 de novembro ela ainda estará deslumbrante.
No hemisfério sul esta época é de chuva e mau-tempo, por isso aconselho os interessados a observarem a Lua já no dia 13 de novembro, quando ela estiver se aproximando do perigeu e da fase cheia. O show no céu é observável a olho nu, gratuito e sem contraindicação. Aproveitem!
Nota: A grafia é Super-Lua ou superlua? Consulte o blog citado em seguida. Sei que é permitido o uso de maiúscula para ressaltar um palavra, e prefiro usar Super-Lua ao invés de superlua. http://acordo-ortografico.blogspot.com.br/2014/08/super-lua-super-lua-ou-superlua.html