Arruda, que é presidente da Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo (Coetrae-MT) criticou a nomeação de pessoas para o primeiro escalão do Governo de Mato Grosso de pessoas na lista suja do trabalho escravo no Brasil. Para ele, a comissão vive hoje um “momento delicado”.
“Há um pedido de alguns membros da Comissão, de representantes federais e da sociedade civil, para que alguns nomes que ocupam pastas importantes no governo sejam revisados pois encontram-se na lista suja do trabalho escravo no Brasil”, afirma o superintendente.
No dia 14 de março de 2013, o Coetrae-MT lançou uma nota criticando a falta de diálogo entre a Comissão e o Governo Estadual. De acordo com o texto, nove entidades deixariam de participar dos trabalhos do grupo em protesto a “inoperância do governo estadual do Mato Grosso em relação ao combate do trabalho escravo”.
Entre as organizações que assinaram o manifesto estão a Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho (AMATRA), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CUT), Ministério Público do Trabalho Procuradoria Regional do Trabalho da 23ª região, entre outras.
Na mesma linha, Valdiney Arruda enalteceu os trabalhos da Procuradoria Regional do Trabalho da 23ª Região, que ficara lotada na nova sede inaugurada hoje, mas lamentou o impasse com o Governo Estadual e cobrou uma atitude do executivo.
“Queremos uma resposta do governo”, finaliza ele.
Estavam presentes na inauguração do novo espaço, além do superintendente, o Procurador Geral do Trabalho, Luis Camargo de Melo, o Procurador Chefe da Procuradoria Regional do Trabalho, Thiago Gurjão Ribeiro, e demais autoridades e representantes de classe da sociedade civil.
Diego Frederici – Da Redação