Volkswagen Passat TDI, a diesel, em Santa Mônica, na Califórnia (Foto: Lucy Nicholson/Reuters)
A Suíça anunciou nesta sexta-feira (25) a proibição das vendas no país de veículos novos da fabricante alemã Volkswagen que possam ter motores a diesel equipados com o software de manipulação de emissões de poluentes utilizado pela companhia, um escândalo que provocou a renúncia do presidente do grupo.
As autoridades locais anunciaram que será constituído uma equipe de trabalho que irá analisar e fará recomendações sobre o tema.
Dessa forma, a Suíça se transformou no primeiro país a tomar medidas restritivas após a descoberta de que o grupo automobilístico alemão manipulou informações de pelo menos 11 milhões de veículos para enganar os órgãos de controle de emissão de poluentes.
A proibição, no entanto, não afeta os carros que já estão em circulação, indicou o governo do país em comunicado, acrescentando que há 180 mil veículos registrados que podem estar equipados com o motor a diesel com o software de manipulação.
Trata-se de modelos das marcas Audi, Seat, Skoda e Volkswagen fabricados entre 2009 e 2014. O próximo comunicado do governo deverá identificar exatamente quais são os veículos afetados.
Outros países, como Alemanha, França e Reino Unido já anunciaram que irão refazer testes de emissões em veículos a diesel da Volkswagen.
Novo comandante
Nesta sexta-feira, a Volkswagen anunciou que Matthias Müller será o novo presidente-executivo. Müller foi confirmado no lugar de Martin Winterkorn, que renunciou ao cargo na última quarta-feira, em meio ao escândalo da fraude de dados de emissões de veículos a diesel da empresa.
O alemão Müller tem 62 anos e está no Grupo Volkswagen há 37 anos. Ele era diretor-geral da Porsche, marca que pertence ao grupo.
Fonte: G1