Os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitaram a denúncia contra a empresária Jacqueline Aparecida de Oliveira, de Juara, Mato Grosso. A decisão, relatada pelo ministro Alexandre de Moraes, liga Jacqueline a políticos investigados por incentivar ações criminosas contra os poderes constitucionais e a atentados às sedes dos Três Poderes em Brasília, em 8 de janeiro de 2023. Ela também está implicada no inquérito das ‘Fake News’.
Jacqueline foi presa em 18 de abril de 2023, durante a Operação Lesa Pátria. A Polícia Federal confirmou sua participação na depredação de patrimônio público ocorrida no evento conhecido como ‘Dia da Infâmia’.
Durante a busca e apreensão, foram encontrados no computador de Jacqueline vídeos que documentam a invasão ao STF. Em um desses vídeos, Jorgeleia Schmoeler, que também foi presa na operação, aparece ao lado de Jacqueline, afirmando que estavam ajudando na invasão dos Três Poderes.
O notebook de Jacqueline também revelou sua participação em manifestações golpistas ocorridas em novembro e dezembro de 2022. Essas evidências foram destacadas por Alexandre de Moraes em seu voto.
As investigações da Polícia Federal indicam que Jacqueline é uma peça-chave para desvendar as conexões de políticos envolvidos na chamada ‘empreitada golpista’. As provas coletadas podem influenciar diretamente outras investigações envolvendo políticos com prerrogativa de foro, conforme mencionou Alexandre de Moraes.
Além disso, Moraes destacou que Jacqueline está conectada ao inquérito 4781 (Fake News) e a outros dois inquéritos em andamento no STF, apontando para uma rede mais ampla de co-autoria e atividades ilícitas.