A Starbucks vai fechar 8 mil lojas próprias na tarde desta terça-feira (29) para treinar cerca de 175 mil funcionários sobre como evitar a discriminação racial.
O treinamento ocorre depois que a prisão de dois homens negros no dia 12 de abril em um de seus cafés na Filadélfia despertou acusacões de discriminação racial contra a empresa.
A prisão dos dois rapazes, que esperavam um amigo, foi filmada e gerou condenação generalizada à empresa nas redes sociais, protestos em frente à unidade e convocação de boicote à rede.
"Embora não se limite à Starbucks, estamos comprometidos em sermos parte da solução", declarou o presidente da empresa, Kevin Johnson, na ocasião.
Consequências
Rashon Nelson e Donte Robinson fecharam com a Starbucks e a cidade da Filadelfia um acordo simbólico no qual receberam uma indenização de US$ 1 e a promessa da prefeitura de financiar com US$ 200 mil um programa para estudantes de escolas públicas que desejem se tornar empresários.
Além do treinamento aos funcionários, a Starbucks também passou a abrir os banheiros das lojas nos Estados Unidos. A empresa permitirá que mesmo pessoas que não consumam nada no local usem o banheiro.
"Não queremos nos tornar um banheiro público, mas tomaremos a decisão correta e daremos a chave para as pessoas", disse nesta quinta-feira o diretor-executivo da Starbucks, Howard Schultz, em um debate no centro de análises Atlantic Council de Washington DC.
"Todos são bem-vindos ao Starbucks. Não queremos que ninguém no Starbucks se sinta como se não pudesse ir ao banheiro porque não merece".