A fêmea que tem cerca de um ano e meio de idade havia sido capturada no dia anterior no parque Vitória Régia, um dos cartões postais da cidade, onde, com medo, se abrigou em cima de uma árvore. Após ser sedada e capturada, a onça-parda, também conhecida como suçuarana, leão-baio, onça-vermelha, entre outros, foi encaminhada para o zoológico local, onde amostras de sangue e urina foram coletadas para análise.
Os resultados dos exames comprovaram que ela tem boa saúde, mas que está abaixo do peso. Pela idade aproximada, segundo explica o diretor do Zoológico Luisz Pires, o animal deveria pesar cerca de 22 quilos, mas está cinco abaixo do peso ideal. Os veterinários ofereceram pedaços de carne bovina assim que o felino chegou ao zoo, na noite de quinta-feira, mas por estar com alto nível de estresse, ele não quis comer. Já nesta sexta-feira o puma ingeriu três ratazanas.
A partir dos resultados positivos dos exames, já que o animal deve voltar a ganhar peso assim que retornar a seus hábitos naturais, a direção do zoológico comunicou a coordenadoria de fauna da Secretaria do Estado do Meio Ambiente que é responsável pela destinação desses animais e autoriza a soltura.
O local escolhido para que a suçuarana fosse devolvida à natureza foi uma área protegida, de mais de 1 mil hectares na região de Bauru, onde a presença da espécie é confirmada. “A presença de animais selvagens no meio urbano tem aumentado muito nos últimos anos. Essa é uma clara evidência da diminuição dos habitats desses animais e do avanço das cidades para as áreas de mata. Felizmente, dessa vez o final foi feliz”, disse o diretor do Zoo, Luiz Pires. Segundo ele, o animal só foi solto no início da noite, pois tem hábitos noturnos.
Entre as presas mais comuns desse tipo de felino, estão filhotes de paca, de capivara e de cotia, além de pequenas aves. “Quando eles não encontram essas presas, procuram nas propriedades rurais onde tem criação de galinhas e carneiros, que é a presa mais fácil para eles. Mas infelizmente as onças acabam sendo abatidas por caseiros e moradores dos sítios”, explica.
Fonte: Terra
