Os trabalhadores se reuniram na zona leste de São Paulo depois que a Justiça do trabalho considerou abusiva a greve da categoria, que desde quinta-feira paralisou o funcionamento do metrô na cidade de São Paulo.
Uma nova assembleia está marcada para segunda-feira, às 13h, na sede do sindicato. No início da manhã, às 7h, a categoria fará um ato público na estação Ana Rosa. O protesto terá a participação do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e outros movimentos sociais.
Segundo o desembargador Rafael Pugliese e relator do processo, "não houve atendimento mínimo à população, gerando grande transtorno, inclusive, no âmbito da segurança pública”. O tribunal decidiu ainda pela manutenção do pagamento da multa diária de R$ 100 mil pela paralisação ao Sindicato dos Metroviários em São Paulo, que será revertida ao Hospital do Câncer.
Os desembargadores também decidiram que, caso os trabalhadores mantenham a greve, o sindicato deve pagar multa de R$ 500 mil por dia a partir de amanhã. O julgamento concluiu pela autorização do desconto pelos dias parados, além de não assegurar a estabilidade dos grevistas.
No fim da tarde de ontem, o Sindicato dos Metroviários em São Paulo decidiu em assembleia que a categoria continuar com a greve. Segundo o órgão, oito centrais sindicais ofereceram apoio à greve dos metroviários neste sábado. Entre elas, estão a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical.
Na sexta-feira, a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) manteve a última proposta de reajuste salarial feita à categoria em audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), de 8,7%.
Segundo o Tribunal, independentemente do resultado do julgamento de hoje, os metroviários deverão voltar ao trabalho logo após a sessão. Mas os trabalhadores dizem que a greve é por tempo indeterminado.
Fonte: Terra