O ministro Alexandre Padilha (Saúde) é pré-candidato ao governo de São Paulo. No início da semana, ele negou que o programa tenha caráter eleitoreiro.
Ao todo, 2.167 médicos intercambistas começam a chegar hoje nas 27 capitais e a partir do dia 4 de novembro passam a atuar em unidades básicas de saúde de 783 municípios. Com esses novos profissionais, a rede de cobertura do programa, segundo o governo, passará de 5 milhões para 13 milhões de brasileiros.
Das cinco regiões do país, o Nordeste é o que terá o maior reforço, passando a contar com 928 profissionais. Em seguida vem o Sudeste (517), o Norte (358), Sul (244) e o Centro-Oeste (120).
A maioria dos integrantes da segunda etapa do programa é de médicos cubanos. O programa paga uma bolsa de R$ 10 mil por mês ao participante, além de ajuda de custo. Os municípios ficam responsáveis por garantir alimentação e moradia aos selecionados. Nas duas etapas, o programa reúne 3.666 médicos. São pelo menos 819 brasileiros.
O Ministério da Saúde apontou que os profissionais foram avaliados por três semanas por universidades federais que testaram seus conhecimentos em Língua Portuguesa e nos protocolos de atenção básica do SUS.
Na próxima semana, os integrantes da segunda etapa vão estudar os problemas de saúde mais comuns de cada região e conhecerão a rede de saúde daquele estado.
Cada profissional do programa atua 40 horas por semana e realiza, diariamente, entre 20 e 30 consultas nas Unidades Básicas de Saúde, ampliando a capacidade de atendimento nas comunidades, sem necessidade de deslocamento desta população aos grandes centros. No mês passado, foram registradas 320 mil consultas realizadas pelos médicos participantes do programa.
Folha