O presidente do Sindicato Rural de Cuiabá, Jorge Pires, reagiu com indignação a publicação da lei no Diário Oficial desta quarta-feira (23) que coloca Sorriso (400 km de Cuiabá) como a “Capital Estadual do do Agronegócio e da Soja” em Mato Grosso. O projeto de Lei foi apresentado pelo deputado estadual José Domingos Fraga (PSD), que já foi prefeito de Sorriso.
Jorge Pires reconhece a importância de Sorriso como produtor de grãos. “Apenas para esclarecer como agricultor e pecuarista que é incontestável a grandeza e importância do município de Sorriso como produtor de grãos do Mato Grosso e do Brasil. Isso dá a ele, o título da capital da produtividade no Estado”.
No entanto, defende que o título fique com Cuiabá. “O Estado de Mato Grosso é o maior produtor de grãos do Brasil e detentor do maior rebanho bovino brasileiro, sendo que Cuiabá é a capital deste Estado, que é referência mundial em produtividade, portanto não tem como se tirar o título de Cuiabá como sendo a capital do Agro de Mato Grosso. portanto não concordarmos com a lei. A discussão será grande”, escreveu Jorge Pires em grupo de WhastApp.
O presidente do Sindicato Rural segue falando sobre a questão da consolidação de Cuiabá como Capital do Agro. “Existem vários municípios de Mato Grosso que estão crescente na sua produtividade, tais como Campo Novo , Sapezal , Brasnorte , Sinop , Lucas , Nova Mutum, entre outros. Mudaremos a Capital se um ou vários ultrapassar a produtividade de Sorriso?”, questiona.
No dia 10 de fevereiro deste ano o Sindicato Rural de Cuiabá, que representa os municípios da Baixada Cuiabana, apresentou ao governador Pedro Taques o projeto ‘Cuiabá é Agro’, que propõe ações para tornar a cidade a capital do agronegócio brasileiro. Entre as metas, estava uma reforma estrutural no Parque de Exposições Senador Jonas Pinheiro. O encontro ocorreu na sede da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).
Na oportunidade, o governador chegou a considerar "ótima oportunidade para transformar a Capital em um grande centro, onde as pessoas vão comercializar, consumir, fomentar os setores hoteleiro, de serviços, entre outros".