Com a pretensão declarada de crescimento do partido Democratas, que inclui receber até 15 novos parlamentares federais, mais três locais (os deputados Eduardo Botelho e Professor Adriano, além de Mauro Mendes), o ex-governador Júlio Campos contou ao Circuito Mato Grosso que a vontade maior dele e do irmão é serem eleitos deputado estadual e governador.
Para viabilizar essa ideia, dois fatores são imprescindíveis. O primeiro e mais óbvio é o rompimento com o PSDB, o segundo é a confirmação da filiação de Mauro Mendes no partido, que pode, inclusive, mudar de nome para Centro Democratas.
“Haverá uma refundação do partido na convenção do dia 8. Vamos discutir se mudaremos ou não de nome, mas o projeto de crescimento está firme e certo. Iremos receber sete ou oito novos filiados, isso já está garantido, mas podemos chegar a até quinze novos parlamentares federais. E aí sairíamos de uma bancada de 30 para 45, 50 deputados federais, dos mais diversos segmentos, a maioria vinda do PSB”, contou Júlio.
Os Democratas também tinham como certa a filiação de Adilton Sachetti, mas ele resolveu sondar o PP a partir da desistência do ministro da Agricultura Blairo Maggi de buscar a reeleição no Senado. “Botelho e Adriano estão confirmados conosco, fora mais dois que estão conversando e fora Mauro Mendes, um nome muito expressivo e com força de voto popular, com possibilidade de ser candidato na majoritária, quer seja governador ou senador”.
Júlio revela que as pesquisas até agora tem se mostrado muito boas para os irmãos Campos, mesmo com o desgaste sofrido pelo governo Taques e o afrouxamento dos apoios de outros partidos ao atual governo.
Ele também não esconde nem nega mais o desejo de se eleger deputado estadual, único cargo ainda não ocupado por ele na carreira política. A ocasião, com o irmão ao menos na chapa majoritária, seja como vice, seja como protagonista ou senador, parece por demais apropriada. “Não temos nenhum compromisso com ele (Pedro Taques) para 2018. Até podemos repetir a coligação, mas em outras bases, porque o DEM não tem participação na administração e, portanto, não tem responsabilidade nem em erros e nem em acertos do atual governo”.
As condições de lançar uma chapa nova seria também, nas palavras dele, “uma opção para Mato Grosso", já que no cenário atual há somente dois pré-candidatos definidos: o governador e o Procurador Mauro. “Mas esse não aceita composição com ninguém e é do bloco do eu sozinho”, ironizou.
Sobre por que não se candidatar ele próprio ao Congresso, seja como senador ou deputado federal, Júlio diz que o momento aponta Jayme muito mais forte tanto para ser governador quanto para senador. Além disso, a Assembleia Legislativa seria uma experiência completamente nova. E liderar uma bancada governista não seria nada mal, claro.
“Já dei minha contribuição em Brasília. Mas não é nada obrigatório, posso continuar ajudando o partido sem me candidatar, porém uma chapa Mauro e Jayme é realmente muito forte para além de ambos serem bons de voto, porque as vagas de senador seriam negociadas com as suplências com os partidos que viriam conosco. E as pesquisas indicam que tanto Mauro quanto Jayme disputam com Pedro Taques de igual pra igual”.