Política

“Somente decepção”, diz Stringueta sobre delegados que não participaram da Operação Esdras

O delegado Flávio Henrique Stringueta demonstrou decepção com outros colegas delegados que não quiseram fazer parte da Operação Esdras, deflagrada pela Polícia Judiciária Civil nesta quarta-feira e que prendeu, entre outros, dois secretários de Estado em exercício.

Em nota, publicada em seu perfil no Facebook, o delegado afirma que os colegas colocaram questões pessoais acima das sociais e não aceitaram participar da operação.

“Digo aos senhores que vocês perderam uma excelente chance de entrarem para a história de MT, perderam o bonde, falando de forma mais chula, mas não me atreverei a guardar nenhum sentimento negativo quanto a isso, somente decepção”, disse Stringueta.

A Polícia Civil realizou o cumprimento de mandados de prisão, busca e apreensão, condução coercitiva e medida restritiva de pessoas relacionadas ao esquema conhecido como "grampolândia pantaneira".

Entre os alvos, estavam o ex-chefe da Casa Civil Paulo Taques, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, coronel Airton Siqueira, o secretário de Segurança afastado Rogers Jarbas e o ex-secretário da Casa Militar Evandro Lesco.

Os mandados foram autorizados pelo desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), a pedido da delegada responsável pelo inquérito, Ana Cristina Feldner, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).

O delegado contou que a ação ganhou as condolências do Sindicato dos Delegados de Polícia de São Paulo, parabenizando também o trabalho da delegada que está à frente das investigações e pediu a prisão dos envolvidos.

Em tom crítico, o delegado não poupou decepção ao falar sobre o Sindicato dos Delegados de Polícia de Mato Grosso (Sindepo). “Não estamos esperando o mesmo reconhecimento de nosso sindicato, que tem nos decepcionado em suas manifestações”, declarou.

Stringueta elogiou os policias que participaram da operação mesmo sabendo que podem sofrer algum tipo de retaliação por isso. E pediu para que a população se sensibilize com isso, e os ajude na luta pela aquisição necessária e essencial de autonomia financeira e administrativa da Polícia Civil.

Por fim, ele pede que Deus nos continue abençoando e dando força, coragem e sabedoria para trazer à sociedade a proteção e as respostas que almeja.

Afastamento

Em julho deste ano o delegado Stringueta anunciou afastamento do inquérito dos grampos. Na oportunidade, ele garantiu que a saída não tinha nda a ver com qualquer intimidação ou pressão vinda de qualquer lado e nem por causa da troca de acusações entre autoridades e até advogados de alguns dos investigados por causa de vazamentos de documentos sigilosos.

Stringueta justificou que um problema de saúde o obrigou a se afastar das investigações até então conduzidas por ele na Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).

No entanto, em agosto ele reapareceu apoiando a nova titular do caso, Ana Cristina Feldner. 

 

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Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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