Os homicídios cometidos pelo soldado da Polícia Militar Rahel Jaime de 24 anos, em uma boate no município de Brasnorte (579 km de Cuiabá) podem terem sido motivados por vingança. O soldado teve um desentendimento com os proprietários de uma casa noturna na cidade. A situação acabou culminando na remoção do soldado Rahel do município de Brasnorte para Tangará da Serra.
Por não aceitar o fato de ser transferido de município, no início da madrugada de quinta-feira (22), Rahel, acompanhado do comparsa, Lucas Rafael, 26 anos, entrou na casa noturna e com uma pistola calibre 380, de uso particular, efetuou disparos contra a dona do estabelecimento e outras pessoas.
A ação resultou no homicídio de quatro pessoas, sendo que três vítimas morreram no local e a quarta no hospital, após ser socorrida. Foram mortos Bruno Feitosa Comin, 22 anos, Marlene dos Santos Marques, 40 anos, Adilson Matias, 46, e Maria Auxiliadora dos Santos, 42.
Os dois autores dos homicídios foram presos em flagrante. Após o crime, o soldado voltou ao quartel, onde inicialmente negou a autoria dos homicídios. Porém, foi detido pelo Subcomandante da Polícia Militar de Brasnorte que o apresentou imediatamente ao delegado de polícia da cidade, Waner dos Santos Neves.
Em continuidade as diligências, os policiais civis e militares de Bransnorte, com apoio da equipe de Sapezal e do Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra) de Juína, localizaram o segundo executor.
Em nota, a Polícia Militar confirmou a prisão do soldado em flagrante delito, assim como demais medidas legais foram imediatamente adotadas pelo comando do 1º Pelotão de Polícia Militar de Brasnorte. A PM informou ainda que o oficial comandante da 5º Companhia de Polícia Militar de Campo Novo do Parecis, unidade a qual o 1º Pelotão está subordinado, já está em Brasnorte acompanhando os fatos.
O coronel Wesley de Castro Sodré, comandante do 7º Comando Regional, seguiu esta manhã para Brasnorte com o objetivo de acompanhar e adotar medidas legais complementares, entre as quais a instauração do inquérito policial militar(IPM) para apurar a conduta do soldado.
O comandante-geral da PMMT, coronel Jorge Luiz de Magalhães, lamenta profundamente o ocorrido e adianta que todas as providências no sentido de esclarecer e punir o responsável estão sendo adotadas.
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