A Associação Americana da Soja (ASA, na sigla em inglês) disse esperar que o governo do presidente Donald Trump tenha um plano para negociar rapidamente com os países afetados pelas tarifas anunciadas na quarta-feira (2). De acordo com a entidade, as tarifas básicas de 10% para todos os países e tarifas adicionais individualizadas afetam todos os 10 principais mercados que compram soja dos EUA. No caso da China, uma tarifa recíproca de 34% se soma à tarifa de 20% que tinha sido imposta em março, elevando a taxa sobre bens chineses para 54%.
“Esperamos que dos obstáculos possam surgir oportunidades e que a administração trabalhe rapidamente com os países afetados para criar novas oportunidades de acesso ao mercado para a soja dos EUA e outros produtos dos EUA nesses mercados para que essas tarifas mais altas possam ser removidas. Isso inclui buscar um Acordo Comercial de Fase 2 com a China”, disse em comunicado o presidente da ASA, Caleb Ragland, antes de a China anunciar uma tarifa retaliatória adicional de 34% sobre produtos dos EUA. Em março, a China já tinha aplicado tarifa retaliatória de 10% sobre a soja norte-americana.
A associação admitiu que as tarifas podem ter consequências, como incerteza contínua no mercado, a ameaça de perda de negócios para os mercados de soja existentes devido a potenciais retaliações tarifárias e aumentos de preços de insumos.