O sonho de liberdade do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) durou pouco. Após a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) acatar nesta quarta-feira (23) o habeas corpus que pedia a revogação de sua prisão decorrente da operação Seven – fato também verificado em decisão da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 15 de março, mas, dessa vez, em recurso que questionava a detenção ocorrida na primeira fase da operação Sodoma –, Silval amargou outro revés, patrocinado novamente pela juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Arruda, na terceira fase da operação Sodoma, e vai continuar preso.
Realizada na última terça-feira (22), a Sodoma 3 foi deflagrada novamente pela Delegacia Fazendária (DEFAZ) e, além do ex-governador, também foram decretadas as prisões do ex-secretário adjunto estadual de Administração, Pedro Elias Domingos de Mello e o ex-chefe de gabinete de Silval, Silvio Cézar Corrêa Araújo. A primeira fase da operação investigava um suposto esquema de propinas e extorsões envolvendo o Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (PRODEIC).
Já a operação Seven, executada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público Estadual (MPE), apura a suspeita de um esquema fraudulento envolvendo servidores e pessoas que não fazem parte da administração pública de Mato Grosso, e que teriam subtraído R$ 7 milhões no final de 2014. Na ocasião, foram decretadas as prisões preventivas do ex-presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso (INTERMAT), Afonso Dalberto, e o ex-secretário-adjunto de Administração, coronel José de Jesus Nunes Cordeiro.
Há seis meses detido, o ex-governador Silval Barbosa continuará no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC). Seus advogados não foram localizados para comentar a nova prisão, determinada pela Sodoma 3.