Andar a cavalo é, por si só, uma terapia para qualquer pessoa, seja no lazer, seja no esporte. Porém, para pessoas com algumas patologias – como autismo, paralisia cerebral, síndrome de Down, hiperatividade e outras – o esporte envolvendo equinos pode ajudar no tratamento.
De acordo com o Direto da Sociedade Hípica Cuiabá, Caio Henrique Paes de Barros, alunos com paralisia cerebral apresentam evolução já nos primeiros estímulos com os animais.
“Eles sorriem e demonstram outros tipos de resposta, ao contrário do que pode acontecer depois de um dia de tratamento em consultório”, pontua ele, explicando que as respostas são mais rápidas com o contato animal.
A Sociedade Hípica tem 12 alunos na Equoterapia, 70 alunos de hipismo clássico e cerca de 50 alunos que praticam a modalidade “três tambores”, voltada para velocidade. “Hoje o esporte está muito mais acessível, não há necessidade do uniforme completo e qualquer um pode praticar”, explica ele.
Matheus Alves de Oliveira tem 18 anos e pratica o esporte há sete anos, tendo hoje seu próprio cavalo. Ele conta que seu sonho é abrir um haras. “Era uma terapia que eu precisava, comecei a praticar e gostei, então não parei. Hoje participo de competições e pretendo criar cavalos”.
O instrutor Luiz Carlos da Silva Pereira explica que não há segredo. “É preciso trabalhar a autoconfiança e ir se aproximando do cavalo, criando intimidade”.
Os diretores do local afirmam que gostariam de atender mais alunos na Equoterapia e estão tentando conseguir incentivos nos programas públicos para realizar esses atendimentos.
Os valores para participar das aulas variam entre R$ 150 e R$ 250 reais por mês, de acordo com quantidade de aulas que a pessoa deseja realizar – de 4 a 12 aulas – no mês.