O subsecretário estadual de Vigilância em Saúde, Alexandre Chieppe, confirmou com exclusividade para a GloboNews, nesta quinta-feira (7), que o número de mortes pelo vírus H1N1 subiu de dois para sete no estado do Rio de Janeiro. No total, 12 pacientes foram diagnosticados com a doença, sete a mais que o boletim anterior.
Em entrevista à repórter Mariana Queiroz, o secretário disse que, apesar do aumento, o número fica aquém de uma epidemia. "A situação do Rio ainda é tranquila", declarou.
Chieppe garantiu ainda que o número de vacinas que chegará ao Rio é suficiente para atender a população – 4 milhões de doses. Chieppe ressaltou que a prioridade para atendimentos iniciais será gestantes, idosos, crianças de seis meses e doentes crônicos.
De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde, em todo o Brasil 71 pessoas já morreram devido ao H1N1. No estado, a área mais afetada pelo H1N1 foi a do Sul Fluminense, perto da divisa com São Paulo. Cinco mortes foram confirmadas na região. Na capital, foram dois óbitos.
Mortes em Resende
Na manhã desta quinta, um homem morreu em Resende, com suspeita de gripe H1N1. De acordo com a direção do Hospital da Unimed, ele deu entrada no último domingo (3) com sintomas de pneumonia. O nome e a idade não foram divulgadas até a publicação desta reportagem.
"Ele tinha sintimas de uma pneumonia, com aspecto de pneumonia viral, isso às vezes engana. E com uma história epidemiológica. O que quer dizer: outras pessoas da família também tinham tido quadro respiratório, precedendo o quadro dele", explicou Luiz Alexandre Cabral, coordenador clínico do hospital.
Com a morte, subiu para dois o número de casos suspeitos em Resende. A moradora Zumira Campos, de 47 anos, morreu na última segunda-feira (4) e o caso também está sendo investigado.
Barra Mansa
Na quarta-feira, outra morte por H1N1 foi confirmada, em Barra Mansa. Ludmila Jacques Nogueira Barsatto, de 21 anos, moradora do bairro Metalúrgico. Ela estava grávida e morreu no dia 30 de março, no Hospital Hinja, em Volta Redonda. O bebê também não resistiu. Três dias antes, Ludimila tinha dado entrada no Centro de Tratamento Intensivo se queixando de falta de ar.
Até a última publicação desta reportagem, não haviam sido dado detalhes sobre as outras mortes por H1N1, todas em 2016. Em 2015, nenhum caso de H1N1 foi confirmado.
Morte em Valença é investigada
Em Valença, a morte de Marcilene dos Santos Jardim, de 47 anos, por suspeita de H1N1, está sendo investigada. Ela deu entrada no Hospital Escola na semana passada, com tosse forte, falta de ar e febre, recebeu atendimento e foi liberada.
A certidão de óbito aponta que ela sofria com uma síndrome respiratória aguda, pneumonia, insufuciência respirtatória aguda e pneumonia. Foi enviado para o Laboratório Noel Nutels, no Rio, material para um exame que pode confirmar a doença. O resultado deve sair na próxima semana.
Fonte: G1