"Estimamos em 16.555 o número de pessoas afetadas diretamente, e que foram obrigadas a deixarem suas casas em Porto Velho e 11 distritos; Nova Mamoré; Guajará-Mirim; e Rolim de Moura", calcula o oficial. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) trabalha com uma média de 5 pessoas por família. Os municípios de Guajará Mirim e Costa Marques, que até então não tinham desabrigados, recebem o socorro dos bombeiros para a remoção de famílias.
As autoridades haviam previsto que o Madeira somente ultrapassaria a cota de 19,40 metros em abril. Fazendo uma nova leitura das previsões de chuva para a região, a Defesa Civil apresenta planos alternativos: "nós acreditamos que chegaremos, no máximo, à marca de 19,63 metros até o início de abril. É quando, segundo as previsões, as chuvas normalizarão e o nível do rio começará a baixar", diz o coronel.
Em uma semana, de acordo com estimativas do Corpo de Bombeiros, ficarão prontas as obras que transformarão o Parque de Exposições de Porto Velho numa espécie de "cidade satélite" . Para lá serão removidos os desabrigados que ocupam 41 escolas e igrejas na capital. O espaço está sendo terraplanado e 180 barracas de lona, cedidas pelo governo federal, vão acomodar em torno de 450 pessoas. "É o total de desabrigados que pretendemos retirar das escolas, para que possamos retomar o ano letivo", informou o coronel Gilvander Gregório, diretor de Comunicação do Corpo de Bombeiros.
Os pertences das famílias serão guardados num galpão. "Tudo será catalogado por nome das famílias. Para as barracas, serão levados apenas o essencial, como produtos de higiene pessoal e roupas", informou o coronel Farias, da Defesa Civil Estadual. Cada barraca abrigará dez pessoas.
G1