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Sobe para 12 número de mortos após chuvas em Itaóca (SP)

Ainda segundo a Defesa Civil, cerca de cem residências foram afetadas e 83 famílias, totalizando 332 pessoas, estão desalojadas na cidade. O órgão também informou que há pessoas desaparecidas, mas não disse o número. Até segunda-feira (13), quando ainda eram contabilizados oito mortos no município, as autoridades consideravam que dez pessoas estavam desaparecidas.

No Estado, outras duas pessoas morreram por causa das chuvas desde domingo (12). Uma morte foi registrada em Ilha Solteira, distante 672 km de São Paulo, depois de um vendaval derrubar uma árvore. A outra foi no Guarujá, litoral paulista, após um raio atingir uma mulher.

Em Itaóca, uma força-tarefa do Corpo de Bombeiros trabalha no resgate e no apoio às vítimas. Compõem a equipe 15 bombeiros, quatro cães farejadores e cinco carros. O governo do Estado também disponibilizou produtos de higiene e limpeza, além de colchões.

Municípios vizinhos (Apiaí e Ribeira) e o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) disponibilizaram caminhões e uma retroescavadeira para auxiliar nos trabalhos de limpeza e desobstrução das vias. A Sabesp fornece ainda água potável e caminhão pipa para limpeza das ruas.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), esteve na cidade desde ontem e hoje. Ele passou a noite na região e voltou para a capital na tarde desta terça. Em entrevista ao "Bom Dia São Paulo" da Rede Globo, Alckmin afirmou que a chuva que afetou Itaóca foi tão forte que "desceu serra, desceu árvores, desceu tudo" pelo rio Palmital.

 "A tarefa agora é desobstruir o rio Palmital. A desobstrução é necessária, para caso haja outra chuva não ter o alagamento da cidade", disse Alckmin. "Uma ponte antiga, com muitos pilares, vai ter de ser refeita em arco para não ocasionar mais a obstrução [do rio]."

Segundo o governador, a prioridade na cidade é "salvar vidas, procurar os desaparecidos e abrigar quem está desabrigado."

Alckmin chegou a Itaóca na segunda-feira (13) e sobrevoou as áreas mais atingidas. A previsão era de que o governador retornasse para a capital paulista, onde lançaria na manhã desta terça o programa Trato na Escola. O evento foi cancelado e Alckmin passou a noite na cidade de Apiaí.

Segundo o governador, após o auxílio aos desabrigados e a busca dos desaparecidos, a prioridade será reconstruir a cidade.

Alckmin afirmou que conversou com muitos moradores de Itaóca e que os mais idosos disseram que nunca haviam visto uma chuva tão violenta.

"Estamos em uma região serrana. A água vem com muita força. Eu percorri toda a cidade. As pessoas mais antigas dizem que não viram uma tromba d'água tão violenta. Ela foi muito localizada", declarou.

UOL

Redação

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