Fotos: Raul Bradock
Foi iniciada na manhã desta sexta-feira (13) a Operação “Bairro Seguro”, da Polícia Militar (PM-MT). A ação está inserida dentro da Operação Carga Máxima da Polícia Civil (PJC-MT) e busca o enfrentamento direto da criminalidade, colocando 2500 homens de várias unidades da PM em todo estado de Mato Grosso, dos quais 750 estão em Cuiabá.
O início aconteceu às 8h, em uma breve cerimônia na Praça Alencastro, Centro Cuiabá, e segue por 24 horas. Ao todo estarão participando 15 comandos regionais da PM, mais os comandos especializados como a Cavalaria, o Batalhão de Operações Especiais (BOPE), a Polícia Ambiental e Rotam.
“A diferença dessa operação para a anterior é que hoje estamos com um efetivo maior da Polícia Militar. Haverá Blitz, nas entradas e saídas de bairro, que a gente chama de Start, onde dois ou três policiais com motos ficam em determinadas vias, fazendo a abordagem de possíveis suspeitos com armas e drogas”, afirma o coronel Gley Alves. Segundo ele a intenção é orientar, mas deverá ocorrer apreensões. “A ação ‘presença’ inibe, mas também ela apreende.”
Nas redes sociais as pessoas se anteciparam e a critica a ação começou, afirmando que não passaria de uma estratégia para arrecadar fundos para o governo, como este trecho que foi divulgado na noite desta quinta-feira: “Blitz amanhã em toda a cidade para apreender moto e carro com documento atrasado e pessoas conduzindo sem CNH, até atingirem a meta. Todos os órgãos de Segurança Pública estão envolvidos para arrecadar fundos para o governo. Fiquem atentos, repassem para todos.”
O secretário de Estado e Segurança Pública, Rogers Jarbas, comentou esse tipo de atitude de alguns internautas. “Quem fala esse tipo de coisa, além de criar uma falácia, desqualifica toda ação das forças policiais, porque os policiais estão aqui hoje, a maioria deles na sua hora de folga, trabalhando para trazer sensação de segurança. A operação é Carga Máxima e Bairro Seguro, não têm nada a ver com essa fala mentirosa que infelizmente colocaram nos grupos sociais”, retrucou.
Apesar de não haver prioridades na ação, a informação é de que a maior concentração será em regiões de comércio, locais onde acontece o maior número de incidências de furtos e roubos, porque há, também, maior aglomeração de pessoas, como o centro.
“Quando aumenta os índices do tráfico de drogas é porque teve uma ação maior das forças policiais, porém, obviamente, se aumentar os índices do homicídio e roubo, por exemplo, é o contrário. Nós temos números positivos em relação aos últimos 30 dias, onde houve redução de 36% dos índices de homicídios em relação ao mesmo período do ano passado. Nós estamos conseguindo dar uma resposta rápida para a população por conta dessas ações policiais, porque os índices estavam aumentando. De roubo e furto a residências, por exemplo, teve uma redução de 50% nesses últimos 30 dias”, explicou Jarbas.