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Sistema Cantareira tem alta e nível sobe para 6,4%

O nível do Sistema Cantareira subiu pela oitava vez em fevereiro e o volume das represas passou de 6,1% para 6,4% nesta quarta-feira (11), segundo boletim divulgado pela Sabesp.

O  conjunto de represas, que abastece 6,2 milhões de pessoas na Grande São Paulo, registrou 19,7 mm de chuva nas últimas horas. No mês de fevereiro, o acumulado de chuva é de 140,8 mm, 70,7% do esperado para o mês.

Desde o início de fevereiro, o nível do sistema ganhou 1,4 ponto percentual. É também a maior elevação nesses termos desde que a Sabesp emitiu o primeiro alerta sobre a crise no Sistema Cantareira, em 27 de janeiro de 2014.

Em março do ano passado, mês com mais elevações de índice até então, o aumento de volume tinha sido de 0,6 ponto percentual.
Se o mês de fevereiro registra oito altas, outros meses só tiveram quedas, caso de junho, julho e agosto de 2014.
O atual volume, de 6,4% da capacidade, já leva em conta o uso de duas cotas do volume morto do sistema.

Outros sitemas
Outros cinco sistemas que abastecem a Grande São Paulo também subiram seu nível de água armazenada nesta quarta.

Confira o níveis dos sistemas que atendem a Grande São Paulo:

Cantareira: subiu de 6,1% para 6,4%;
Alto Tietê: subiu de 12,7% para 12,9%;
Guarapiranga: subiu de 54,2% para 55%;
Alto Cotia: subiu de 33,3% para 33,7%;
Rio Grande: subiu de 78,8% para 79,2%;
Rio Claro: subiu de 31,3% para 31,4%.

Previsão de chuvas
As precipitações devem ficar abaixo da média pelo menos até abril. É o que prevê o Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal do Ministério de Ciência e Tecnologia. O resultado foi divulgado em 16 de janeiro, na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília.

Junto com o ano de 2014, terminou também o melhor mês do Cantareira no ano. Em dezembro, o nível do sistema baixou 1,5 ponto percentual. Foi o menor índice de queda mensal no ano. A maior baixa foi em fevereiro, quando o volume acumulado recuou 5,5 pontos percentuais.

Dezembro também foi o melhor mês em número de dias sem queda no nível do reservatório. Foram 11: em 8 deles o nível se estabilizou, e em outros 3 ele chegou a subir. Foi a única vez no ano em que o nível aumentou três vezes seguidas, dos dias 24 a 26. Nesse sentido, os piores meses foram junho, julho, agosto e outubro, quando o nível caiu todos os dias.

O Cantareira terminou 2014 sem recuperar 492 bilhões de litros de água perdidos durante os 12 meses. O ano começou com o nível do reservatório em 27,2% e terminou com 7,2%.

Porém, com a utilização das duas cotas do volume morto (a primeira elevou o manancial em 18,5 pontos percentuais e a segunda em 10,7 pontos percentuais) é como se os reservatórios tivessem iniciado 2014 com um volume acumulado de 56,4%.

Assim, a queda foi 49,2% durante o ano. O número representa 492 bilhões de litros. De acordo com estimativas da Sabesp, o reservatório tem capacidade de armazenar 1 trilhão de litros, quando está com 100% do seu nível.

Multa
Depois de ser barrada na Justiça no dia 13, a sobretaxa na conta de água para quem aumentar o consumo voltou a valer no dia 14, após o governo vencer recurso contra a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste).

A partir da conta de fevereiro, serão cobrados 40% de multa para quem consumir até 20% a mais do que a média entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014. Quem ultrapassar 20% dessa média será multado em 100% sobre o gasto com água, que representa metade da conta. Os outros 50% são referentes ao serviço de coleta de esgoto

Com a medida, a multa será aplicada da seguinte maneira: um consumidor que, em média, gasta 10 m³ de água receberá conta 20% mais cara se utilizar entre 10,1 m³ e 12 m³ em um mês. Caso gaste acima de 12,1 m³, irá pagar 50% a mais. O consumidor que elevar o gasto passará a ser cobrado na conta de fevereiro.

Bônus
Entre fevereiro e outubro do ano passado, a companhia concedeu bônus de 30% na conta de clientes que economizassem 20% ou mais de água em relação à média de consumo entre dos 12 meses que vão de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014.

A medida foi adotada para estimular a redução no consumo. Desde novembro, o desconto gradual passou a ser dado para os imóveis que reduzirem o consumo entre 10% e 20%. O desconto foi prorrogado até o fim de 2015.

O percentual será calculado com base na média de fevereiro de 2013 até janeiro de 2014. A média já aparece na conta dos consumidores. A meta do governo é reduzir 2,5 metros cúbicos por segundo de consumo.

Fonte: G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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