Ela concedeu 72 horas, após a citação dos profissionais, para que voltassem ao trabalho. "Vamos cobrar os R$ 20 mil por dia. O mês de maio, como não trabalharam, vai ser descontado. Eu paguei este mês [referente a abril], mas maio não pagarei. Em junho se não voltarem também não receberão", disse.
De acordo com o gestor, o Sintep quer carga horária de 30 horas com salários de 40 horas. "Não existe esta possibilidade. A prefeitura não é fábrica de dinheiro. Vou ao Tribunal de Justiça, pois não podemos mais nos calar, já que eles estão desrespeitando uma decisão vou ver o que posso fazer", explicou. O prefeito não descartou a alternativa de convocação de professores interinos.
"Sintep está tumultuando. Já passamos do limite, não temos condições de dar 1 real a mais. O sindicato não tem coragem de ser verdadeiro de dizer aos seus associados que não dá mais pra avançar. O Sintep tá fazendo greve criminosa com a sociedade de Sinop. Chega! Para tudo tem limite. Democracia nao é anarquia", criticou. Ele comparou a negociação feita pelo Sindicato dos Servidores Municipais que aceitou o mesmo percentual de reposição e não fez greve.
Conforme Só Notícias já informou, a greve completou um mês, neste final de semana. O prazo determinado pela justiça terminou, ontem. Porém, os servidores decidiram por continuar com o movimento e recorrer a determinação judicial.
A paralisação iniciou com a reivindicação de reajuste de 6,2% retroativo (janeiro a março) pago em única parcela, na folha deste mês. Porém, a prefeitura argumentou que só podia pagar parcelado. O sindicato também quer a reposição salarial de 6,2% mais 1,78% para todos os cargos (apoio, administrativo e técnico educacional). Na quinta-feira passada, o prefeito afirmou que a primeira parcela da reposição – de 6,2%, de janeiro a abril – já foi paga. No final deste mês sai a segunda. O restante será em duas vezes.
Pelo menos oito mil alunos estão sem aulas nas escolas e creches municipais. Uma parte das unidades escolares está funcionando. A reposição de aulas, segundo o prefeito, será feita em dezembro e janeiro, se necessário.
Outro lado:
Procurado por Só Notícias, o diretor regional do sindicato, Valdeir Pereira disse, ao Só Notícias, que a greve é legítima para buscar os direitos dos trabalhadores. Sobre as declarações do prefeito, o sindicalista declarou que "lamenta a atitude despreparada do gestor e não vai responder no mesmo nível".
Fonte: Só Notícias