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Sinner arrasa na estreia em Wimbledon e mostra força após decepção em Roland Garros

A grande decepção na final de Roland Garros, há três semanas, parece não ter abalado o italiano Jannik Sinner. Nesta terça-feira, em sua estreia em Wimbledon, o número 1 do mundo arrasou o compatriota Luca Nardi por 3 sets a 0, com parciais de 6/4, 6/3 e 6/0, e mostrou força em sua busca pelo primeiro título na grama londrina.

Há menos de um mês, Sinner protagonizou uma das maiores finais de Grand Slam da história, contra Carlos Alcaraz. O italiano, contudo, saiu de quadra devastado pela virada incrível que sofreu após estar liderando o placar por 2 sets a 0, com direito a match point e saque para fechar o jogo.

Depois da decepção, o italiano fez uma preparação discreta para a curta temporada de grama. Disputou apenas um torneio, em Halle, e esteve longe de convencer. Venceu apenas uma partida e caiu na segunda rodada, o que gerou desconfiança sobre o estado mental do líder do ranking para a disputa de Wimbledon.

Nesta terça, Sinner tratou de desfazer qualquer expectativa negativa sobre o seu jogo. Em pouco menos de duas horas, superou o 95º do mundo com autoridade. Não teve o serviço sob ameaça em nenhum momento da partida, disparou 28 bolas vencedoras (contra 19 do adversário) e cometeu apenas 17 erros não forçados.

Na segunda rodada, Sinner vai enfrentar o australiano Aleksandar Vukic, que avançou ao superar o taiwanês Chun Hsin Tseng por 6/3, 6/4, 4/6 e 7/6 (7/4). Se confirmar o favoritismo, o italiano poderá vir a cruzar com o canadense Denis Shapovalov na terceira rodada.

O número 1 do mundo tem como melhor resultado em Wimbledon a fase semifinal, em 2023 – perdeu para Novak Djokovic. No ano passado, parou nas quartas de final, numa batalha de cinco sets contra Daniil Medvedev. Sinner tem garantido o topo do ranking ao fim do Grand Slam britânico independente do seu resultado.

Ainda nesta terça, o australiano Alex de Minaur (11º cabeça de chave) e o americano Tommy Paul (13º) confirmaram o favoritismo com vitórias em sets diretos. Também avançaram o italiano Lorenzo Sonego e o húngaro Fabian Marozsan.

DJOKOVIC AVANÇA COM 22 ACES E SOMA 98 VITÓRIAS EM WIMBLEDON
Novak Djokovic iniciou sua caminhada em Wimbledon com uma vitória segura, ainda que não sem sustos. Sete vezes campeão no All England Club, o sérvio confirmou o favoritismo diante do francês Alexandre Muller, vencendo por 3 sets a 1, com parciais de 6/1, 6/7(7), 6/2 e 6/2, em 3h21 de jogo. Atual número 6 do ranking, Djokovic oscilou após um primeiro set dominante, mas retomou o controle nos sets finais, mostrando regularidade e bom aproveitamento com o saque – foram 22 aces ao longo da partida.

Logo no primeiro set, o sérvio impôs seu ritmo habitual: quebrou o saque de Muller três vezes e fechou com autoridade em 6/1. A postura agressiva e a leitura de quadra estavam intactas. No entanto, a segunda parcial foi marcada por games longos e mais equilibrados. Muller cresceu nos ralis, salvou break points em momentos críticos e forçou o tie-break, fechando em 9/7, empatando o jogo.

A partir dali, Djokovic voltou a tomar conta da partida. No terceiro set, controlou os pontos com maior profundidade nos golpes e fez 6/2, voltando a ditar o ritmo sem dar espaços ao adversário. No quarto e último set, quebrou cedo, manteve a consistência e selou a classificação com 6/3. Em sua 19ª participação em Wimbledon, Djokovic soma agora 98 vitórias no torneio – apenas Federer tem mais. Na próxima fase, enfrentará o britânico Daniel Evans.

Entre os outros destaques do dia, Taylor Fritz protagonizou uma virada dramática contra o francês Giovanni Perricard. Após perder os dois primeiros sets em tie-breaks e ver o adversário abrir 5/1 no quarto set, o americano reagiu de forma impressionante. Defendeu até mesmo o saque mais rápido da história do torneio (246 km/h) e venceu por 6/7(6/8), 6/7(8/10), 6/4, 7/6 (8/6) e 6/4. “Foi um jogo maluco”, disse Fritz. “Tive que manter a cabeça no lugar e esperar as chances aparecerem.”

Já o francês Arthur Rinderknech protagonizou uma das maiores surpresas da primeira rodada ao eliminar Alexander Zverev. Em duelo que se estendeu por dois dias, ele derrotou o número 3 do mundo por 3 sets a 2, com parciais de 7/6(7/3), 6/7(8/10), 6/3, 6/7(5/7) e 6/4. “Minhas pernas ainda estão tremendo. Este esporte é difícil, mas que momento lindo!”, declarou o francês, celebrando sua primeira vitória contra um top 5 e chamando Wimbledon de “a quadra mais bonita do mundo”.

CAMPEÃ DE ROLAND GARROS, GAUFF É ELIMINADA
No feminino, a surpresa do dia veio com a queda precoce de Coco Gauff. Número 2 do mundo e campeã de Roland Garros, a americana voltou a tropeçar na grama de Londres ao ser eliminada pela ucraniana Dayana Yastremska, 42ª colocada do ranking, com parciais de 6/4 e 6/3.

Wimbledon segue sendo um território hostil para Gauff, que, apesar do talento precoce e dos resultados expressivos em outros pisos, ainda não conseguiu passar das oitavas de final na grama sagrada.

Gauff é agora a terceira top 10 eliminada ainda na estreia, depois das quedas de Paula Badosa e Qinwen Zheng.

NÚMERO 3 DO MUNDO CAI NA ESTREIA
Vindo de título na grama de Bad Homburg, na semana passada, a americana Jessica Pegula decepcionou nesta terça ao ser eliminada logo na estreia em Londres. A número três do mundo foi superada pela italiana Elisabetta Cocciaretto por 6/2 e 6/3. Com o resultado, Pegula volta a fazer uma campanha abaixo do esperado no Grand Slam britânico. No ano passado, ela havia caído na segunda rodada.

Também nesta terça, outras cabeças de chave alcançaram resultados melhores na grama de Wimbledon. Avançaram a australiana Daria Kasatkina (16ª), a russa Ekaterina Alexandrova (18ª) e a dinamarquesa Clara Tauson (23ª). Já a ucraniana Marta Kostyuk (26ª) se despediu de forma precoce.

Estadão Conteudo

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