Cidades

Sindicato e empresas decretam fim da greve em Cuiabá e região

 
Para o diretor financeiro do sindicato dos motoristas profissionais e trabalhadores em empresas de transporte terrestre de Cuiabá e região (STETT/CR), Rone Glézio, o saldo da paralização foi positivo, tendo em vista que a classe conseguiu atingir parte dos objetivos pelos quais lutou.
 
“Avaliamos positivamente o resultado. Cumprimos com a determinação da justiça, de colocar metade da frota na rua. Conseguimos um reajuste de R$ 1900, dos quais R$ 1680 são do salário mais R$ 220 de comissão, para os motoristas. Os demais funcionários receberam aumento de 10% na folha de pagamento”, afirma o Sindicalista. 
 
No entanto, o número de ônibus, que é insuficiente em dias comuns, foi um teste de paciência para o cidadão que depende do transporte.  
 
Mesmo com a volta de 50% da frota de Cuiabá e Região Metropolitana – que estava ociosa em virtude da greve dos trabalhadores do transporte público – o cuiabano ainda precisou de muita paciência para conseguir voltar para casa nos dias de greve, principalmente os que dependem dos coletivos para se locomover.
 
Laura Maciel é uma delas. Grávida de sete meses, disse que, pela manhã, levou duas horas a mais do que normalmente gasta para se deslocar de sua casa até seu emprego.
 
"Fui trabalhar com muito sacrifício, todos os ônibus estavam lotados. Cheguei no ponto as 06h:45 e só consegui entrar no serviço duas horas depois, 08h:45. Agora estou aqui ha mais de 20 minutos e ônibus não aparece", afirma ela. As declarações foram feitas por volta das 15h:30, ou seja, fora do horário de pico.
 
No início das negociações, os funcionários do transporte público da região metropolitana reinvindicam 33% de aumenta salarial, mais benefícios, como plano de saúde, vale refeição e etc. Os donos das empresas de ônibus ofereceram 10%, o que não foi aceito pelos funcionários. Mesmo assim, por considerar que o serviço é um bem essencial à população, o tribunal regional do trabalho determinou que ao menos metade dos veículos esteja na rua.
Moradores do Residencial Coxipó, o casal Érico Araújo e Alexandra Carvalho esperam seu ônibus há mais de trinta minutos. Eles, que só conseguiram utilizar o coletivo pela manhã a duras penas, cogitam até em pegar outro ônibus que para mais longe da residência deles.
 
"A espera pelos ônibus na parte da manhã beirava duas horas. Agora estamos aqui há mais de trinta minutos e penso seriamente em usar uma outra linha, mesmo que desça mais longe de casa", disse Araújo.
 
Por Diego Frederici – Da redação
 

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Cidades

Fifa confirma e Valcke não vem ao Brasil no dia 12

 Na visita, Valcke iria a três estádios da Copa: Arena Pernambuco, na segunda-feira, Estádio Nacional Mané Garrincha, na terça, e
Cidades

Brasileiros usam 15 bi de sacolas plásticas por ano

Dar uma destinação adequada a essas sacolas e incentivar o uso das chamadas ecobags tem sido prioridade em muitos países.