Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) deve ser multado por ter obstruído a entrada principal da Universidade nesta quarta-feira (15). A multa é no valor de R$ 10 mil por dia e deve ser aplicada em caso de bloqueio dos acessos da Cidade Universitária, na Zona Oeste de São Paulo.
A multa foi estabelecida em uma liminar – resultante de uma ação movida pela Universidade – deferida pela 16ª Vara da Fazenda Pública da Capital na terça-feira (14). A decisão afirma que “embora o direito de greve seja constitucionalmente protegido (e, portanto, não se reconhece aqui nenhuma possibilidade de interferência sobre o sindicato), as dependências da USP são públicas. Daí porque não se pode admitir que a paralisação interfira no uso do bem por parte de estudantes, funcionários e populares”.
Em contato com o G1, a Reitoria da USP afirmou que o Sindicato foi notificado por um oficial de justiça a respeito da liminar. O G1 entrou em contato com o Sintusp e aguarda retorno.
Paralisação
Parte dos professores, estudantes e funcionários da Universidade de São Paulo (USP) aderiu à paralisação desta quarta-feira (15) e promoveu um "trancaço”. O grupo protestou contra a reforma da Previdência e adicionou a defesa da educação pública como reivindicação própria. O trânsito ficou intenso na Rua Alvarenga e na Ponte Cidade Universitária. O protesto terminou às 11h30, segundo a CET e a entrada foi liberada.
O ato foi uma resposta à aprovação da proposta que estipula um teto de gastos na universidade pelo Conselho Universitário, instância máxima de decisões na USP, no último dia 7.
Na ocasião, manifestantes bloquearam a entrada da Reitoria onde estava marcada a reunião. Para liberar o local, os policiais usaram bombas de efeito moral. Quatro pessoas foram detidas. De acordo com testemunhas, um estudante ficou ferido e foi levado para o Hospital Universitário. A Polícia Militar disse que reagiu depois que os manifestantes lançaram objetos contra policiais.