O sindicalista disse que a expectativa é negociar, o problema é que a empresa apresenta propostas fora da realidade. Apesar do discurso, os trabalhadores rejeitaram a proposta da empresa pelo fim da paralização na segunda-feira (05).
O sindicalista conta que o piso salaria da empresa hoje está em R$ 812,00 quando um servente de pedreiro recebe no mínimo R$ 1.200,00. “A mão de obra da CAB é basicamente da construção civil que valorizou muito, mas esse aumento não refletiu na empresa. Queremos apenas nosso direito, uma reposição que acompanhe o mercado”, pontuou Ideueno Fernandes.
Ideuene ainda relata que antes da greve os trabalhadores procuraram a CAB na tentativa de acordo, situação que não se concretizou e levou a deflagração da greve. Já após a paralização, o sindicato procurou a CAB na tentativa de flexibilizar a proposta.
“Agente já colocou que quem está nessa faixa salarial mais alta, cinco salários ou mais, poderia ter um índice menor de ajuste, mas quem esta abaixo disso está muito prejudicado, propomos também parcelar o aumento. Mas não apresentaram proposta que nos atendesse”, reclamou o sindicalista.
Hoje a empresa responsável pela implantação e gerenciamento de rede de água e esgoto em Cuiabá oferece um ajuste de 3,1% sobre salários elevando o piso a R$ 900,00 e a ampliação do valor do vale refeição/dia passando de R$ 20,00 para 21,40.
Essa proposta segundo o sindicalista foi a melhor apresentada pela CAB até o momento. Contudo não será aceita pela categoria, na próxima audiência de conciliação entre empresa e sindicato marcada para a sexta-feira (08).
Boicote
Ideuene Fernandes ainda reforça que apesar dos boatos correntes de que a greve agravaria a situação do sistema de distribuição de água é mentiroso.
“Mantemos o que foi determinado pela justiça, cinquenta por cento do pessoal no setor de operação, trinta no comercial e trinta no administrativo. O sistema já era ruim e tinha problema antes e obviamente durante a greve tende a agravar, mas não é nossa culpa”, reclama.