Política

Simplício, ex-presidente estadual, acusa Carlos Siqueira de traição

Um novo capítulo marca a polêmica trajetória do PSB em Mato Grosso. O presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, suspendeu o diretório estadual, comandado pelo então secretário-geral Milton Simplício. O partido acabou de receber a filiação do ex-ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa e provavelmente lançará candidatura própria à Presidência da República, o que ainda depende das alianças que o partido conseguir fazer no futuro, o que aumenta a briga pela liderança nas bases regionais. 

Simplício assumiu a função de secretário-geral da legenda enquanto o deputado federal Valtenir Pereira (MDB) era presidente da sigla, no ano passado. Logo que o parlamentar deixou a legenda, para regressar ao MDB, Simplício assumiu o comando do PSB.

Sob a alegação de que há irregularidades oriundas da gestão de Valtenir, Carlos Siqueira decidiu pela suspensão do diretório estadual da legenda. Desta forma, toda a equipe de Valtenir será destituída.

Para assumir a liderança do partido em Mato Grosso, a Executiva Nacional convocou o deputado estadual Max Russi. O ex-secretário-chefe da Casa Civil deverá formar uma nova equipe estadual e também será o responsável por conduzir os projetos do PSB para a disputa eleitoral deste ano.

Horas após o anúncio da Executiva Nacional, Milton Simplício repudiou a decisão de Carlos Siqueira, o chamou de traidor e anunciou sua desfiliação da legenda. Ele afirmou que o presidente nacional da sigla "rasgou o estatuto do partido". Segundo ele, a decisão de suspender o diretório desrespeita a decisão unânime dos membros filiados do PSB no Estado.

“Reitero, o Diretório Estadual do PSB-MT foi eleito de forma democrática em estância máxima do partido, no Congresso Estadual realizado em Cuiabá em setembro de 2017”, afirmou, por meio de comunicado.

Simplício ainda afirmou que Siqueira foi eleito e reeleito por delegados nacionais de Mato Grosso e deveria respeitar as regras do estatuto partidário e o processo democrático da eleição. Ele classificou como ‘traição’ a decisão de ser retirado da liderança da sigla no Estado.

“Essa atitude dele é traição ao seu compromisso como presidente de respeitar o estatuto e seus filiados. Uma pessoa que não sabe ouvir e respeitar a decisão da maioria dos filiados não está apta a dirigir um partido em âmbito nacional”, asseverou.

“Entrego meu pedido de desfiliação pelo motivo de não aceitar ser submisso de um presidente inconsequente e ditatorial que trata uma instituição partidária como se fosse sua propriedade privada da qual não é dono e nunca será”, completou.

Por fim, Simplício declarou que possui direito e legitimidade para entrar com uma ação judicial contra a decisão da Executiva Nacional. “Somente não farei para não ter que estar em contato novamente com esse sujeito Carlos Siqueira. Não é possível lidar com alguém que nos fez perder a admiração e respeito”.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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