O ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), preso na operação Sodoma da Polícia Judiciária Civil, começa em vantagem a luta no Supremo Tribunal Federal (STF) pela revogação de sua prisão, ocorrida em 17 de setembro de 2015. Os ministros Edson Fachin e Marco Aurélio Mello, da Primeira Turma do STF, votaram a favor ao pedido de habeas corpus impetrado pela equipe de advogados que defende o ex-chefe do Palácio Paiaguás.
Segundo relator do pedido de habeas corpus, Edson Fachin, o ex-governador já não representa ameaças a investigação pois, uma vez fora do cargo eletivo, não possui meios de interferir na instrução processual, que apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro que teria desviado dos cofres públicos R$ 2,6 milhões, referentes ao Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic).
Após o placar de 2 x 0 em favor de sua soltura, a ministra Rosa Weber pediu vistas ao pedido, e deve entregar seu voto apenas na próxima terça-feira (08).
Defesa está confiante
O Circuito Mato Grosso entrou em contato com o advogado Ulisses Rabaneda, que faz parte do time de defesa de Silval Barbosa, e que esteve presente o STF durante a análise do pedido de habeas corpus. Segundo ele, o recurso impetrado pela equipe para soltura do ex-governador, no TJ-MT, já sinalizava que a prisão poderia ser revogado nos tribunais superiores.
“O julgamento no TJ-MT foi dividido. Tivemos um voto a favor e dois contra a revogação. Estamos otimistas pois começamos com dois votos favoráveis na instância mais superior da justiça”.