Cidades

Silval articula retaliação de secretário Mauri Rodrigues

 
Logo que assumiu a pasta, o Circuito Mato Grosso em sua Edição 431, denunciou o ‘calote’ que o governo Silval estava dando nos Municípios e Consórcios Intermunicipais de Saúde, no tocante à atenção básica, e o pagamento de R$34 milhões, religiosamente em dia, às Organizações Sociais de Saúde (OSSs), contratadas à época de Pedro Henry, que ocupava [ilegalmente] o comando da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e exercia o cargo de deputado federal ao mesmo tempo. Questionado pelo Circuito Mato Grosso em uma reunião na Associação Mato-grossense de Municípios (AMM) sobre o pagamento das OSSs, foi taxativo: “Eu autorizei apenas 12 milhões de reais!”. Essa resposta foi uma afirmação de que a SES sofria [ou ainda sofre] ingerências externas.
 
Outra tomada de posição do atual secretário foi sugerir um estudo sobre os benefícios que as OSSs estariam trazendo para a população, aproveitando que a gestão na SES havia mudado, o que teria provocado ira em alguns e levado outros poucos a saírem em sua defesa. Quanto ao calote do governo estadual nos municípios e consórcios Intermunicipais, foi negociado um repasse de 50% e o restante até julho deste ano, atitude que deu uma acalmada nos prefeitos. 
 
Crucificado por tomar atitudes adversas aos interesses dos políticos que estão no comando, finca posição: “Não vou fazer o que gestões anteriores fizeram na compra de remédios ou na fiscalização das OSSs”, referindo-se a Pedro Henry e Vander Fernandes. O atual secretário ratificava: “As compras de remédios pela SES serão feitas seguindo os trâmites legais, com base na Lei nº 8.666 [Lei das Licitações] e não mais haveria compras direcionadas, a não ser as de extrema necessidade”.
 
Mauri também age na fiscalização das OSSs, inicialmente no Hospital Metropolitano de Várzea Grande, administrado pelo Ipas, formando uma equipe de técnicos da saúde monitorando o atendimento 24 horas e com extensão num futuro próximo a todos os hospitais regionais, contratados e conveniados. Justifica dizendo que “onde o Estado coloca recursos, tem que haver fiscalização decente, pois é dinheiro do cidadão”. 
 
Notadamente sofrendo desgaste físico e político – sua aparência mudou bastante desde que assumiu a pasta –, Mauri toma uma atitude conciliatória para impor ritmo na SES: “É preciso uma ação conjunta da SES, Ministério Público Estadual (MPE), Tribunal de Contas do Estado (TCE), Tribunal de Justiça (TJ) para revermos alguns pontos cruciais que estão emperrando o andamento, seja pelas liminares concedidas, seja pela descaracterização da listagem de remédios de alto custo. Precisamos ter o ‘princípio ativo’ como regra de compra e não ‘marcas’ de remédios”.
 
Propenso ao diálogo, Mauri defende uma atenção maior a Cuiabá, por ser polo de atendimento, mas sem esquecer o cidadão das terras longínquas de Mato Grosso: “O cidadão precisa do atendimento na sua cidade para evitar que uma simples gripe vire pneumonia, por falta de atendimento”. Enquanto isso, ele quase que antevê seu futuro: “Sou um agente político, passível de exoneração”.
 
 
 
 
Rita Anibal – Da Redação 
 
Foto: Pedro Alves 
 

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