O período de estiagem chega a Mato Grosso. Marcada por 150 dias de seca, de abril a setembro, essa época preocupa os produtores rurais, principalmente pecuaristas, que precisam adotar estratégias na administração de insumos e para alimentação dos animais. Uma maneira de evitar possíveis perdas na produção é o planejamento, que envolve o manejo sustentável do rebanho e a contratação de linhas de custeio pecuário, estas oferecidas pelo Sicredi.
O produtor precisa entender quais as alternativas que possui para alimentação de seu rebanho nesse período, para não perder produtividade e renda. O engenheiro agrônomo e professor do curso de Agronomia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Arthur Behling Neto, aponta como opções a vedação de pasto, sendo esta a mais econômica; a produção de feno e de silagem e a suplementação animal que se torna obrigatória para que os animais não percam peso.
“Aquele produtor que não se planeja acaba se deparando com o chamado ‘boi sanfona’, que ganha peso durante os meses de chuva e perde durante a seca. Isso aumenta o tempo de abate dos animais que, ao invés de serem abatidos em dois anos e meio, são abatidos em três ou quatro anos”, explica Arthur.
Assim, o pecuarista que faz o planejamento de sua propriedade nos meses de janeiro e fevereiro tem a relação e o controle de todos os insumos necessários para administrar a alimentação do rebanho no período de estiagem. De acordo com a consultora de Negócios Agro da Central Sicredi Centro Norte, Cristieny Paiva, essa preparação otimiza e rentabiliza a comercialização.
“Ao fazer o planejamento utilizando a linha de crédito do Sicredi, o produtor tem vários benefícios, como crédito para o custeio com taxas de juros compatíveis com a atividade e pode fazer a compra antecipada dos insumos, a preços diferenciados. Assim, ele terá como resultado o manejo sustentável do rebanho, evitará o efeito sanfona nos animais, terá carcaças uniformes e por consequência melhores preço de venda”, relaciona Cristieny.
E esse foi o resultado atingido pelo pecuarista e produtor de leite de Araputanga (a 338 km de Cuiabá), Orlandino Bispo de Souza, que se programa anualmente para esse período. Produtor rural há nove anos, conta com um rebanho de 47 cabeças entre vacas leiteiras e bezerros, e utiliza da silagem de milho, que planta em sua propriedade, para alimentar o rebanho. “Contratei a linha de crédito do Sicredi há dois anos para investir em barracão, na infraestrutura e na compra de vacas geneticamente melhores. Para quem se prepara é mais fácil produzir na seca do que nas águas porque não tem barro e o preço do leite é maior. Além disso, ao produzir minha própria silagem meu custo diminui. Já cheguei a produzir 480 litros por dia com 5 vacas. Este ano a expectativa é produzir no mínimo 300 litros por dia, com 12 vacas no curral”, conta Orlandino.
O produtor ainda destaca que o desempenho do rebanho durante a estiagem depende da dedicação do pecuarista e do interesse em buscar informações que o ajude a melhorar a produtividade. Por isso, é importante criar um planejamento para esse período.
Linhas de Custeio Pecuário
A linha de crédito oferecida pelo Sicredi é com recursos controlados e recursos livres, alterando apenas a taxa de juros que é de 4% a 6% ao ano e de 4,3% a 15% ao ano, respectivamente. Pode ser financiado até 100% do orçamento apresentado, com o prazo das operações de custeio pecuário de seis meses até dois anos, de acordo com os itens a serem financiados.
O Sicredi possui também em seu portfólio de crédito, linhas específicas para operações de investimento de longo prazo e que atendem as necessidades da propriedade rural tais como plantio, reforma e recuperação de pastagens, calagem, construções de cercas, piquetes, captação e distribuição de água, equipamentos, entre outros itens necessários à atividade pecuária. Para mais informações, os associados podem consultar sua agência de relacionamento.