Cidades

Sicredi apoia pesquisa sobre participação das mulheres no agronegócio

Com mais de 115 anos de atuação e as raízes no agronegócio, o Sicredi quer saber cada vez mais sobre a realidade dos associados nos diferentes segmentos que atende. Nesse sentido, apoiou a Pesquisa Sobre a Participação Feminina no Agronegócio, realizada pela Agroligadas – entidade formada por mulheres e profissionais do agronegócio – e que como objetivo saber os avanços conquistados pelas mulheres do campo nos últimos anos e quais os desafios delas. O estudo também teve como parceiros a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e Corteva Agriscience, e teve os resultados divulgados na última semana.

Ao todo, foram entrevistadas 408 mulheres, com média de idade de 40 anos, que atuam no agronegócio em diferentes funções, dentro ou fora da porteira. Entre os assuntos apurados na pesquisa estavam área de atuação profissional, tipo de produção, nível acadêmico, residência, acesso a financiamentos e tecnologia, educação e empoderamento, além do orgulho da força feminina.

Para o presidente da Central Sicredi Centro Norte, João Spenthof, apoiar a realização de pesquisas como esta é importante para obter mais informações sobre a atuação das mulheres do campo. Dessa forma, o Sicredi pode melhorar cada vez mais o atendimento. “Nosso modelo de atuação é o cooperativismo, isso significa que trabalhamos para atender à necessidade das pessoas. Cada vez mais, para todos os tipos de organização é necessário trabalhar com dados, e para o Sicredi, que valoriza e tem como grande diferencial o relacionamento próximo não seria diferente. Dados como os levantados por essa pesquisa nos ajudam a entender o cenário, avaliar as melhores soluções e conseguir desenvolver e oferecer os produtos e negócios certos para cada associado e associada”.

Ele lembra que atualmente o Sicredi é a 2ª maior instituição financeira do país em crédito rural e destaque no ranking anual do BNDES (2020), com o 1º lugar no total de operações indiretas realizadas para Pessoa Física (PF) e nos repasses dos Programas Agrícolas do Governo Federal, com destaque para a 1ª posição nas concessões de crédito para o Pronaf Investimento, Inovagro, Moderagro e Pronamp Investimento. No total das Operações Indiretas do BNDES, o Sicredi ocupou o 2° lugar.

O Sicredi tem mais de 5,3 milhões de associados no país. Deste total, 73,8% são Pessoas Físicas, 13,3% são Pessoas Jurídicas e 12,8% são Agro. Do total de associados, 49,19% são homens (2.628.692); 36,72% são mulheres (1.962.482) e 14,09% (752.893) são empresas.

Da carteira de crédito total administrada pelo Sicredi, de R$ 117,6 bilhões, concedidos a cerca de 2,3 milhões de associados, cerca de R$ 56 bilhões foram concedidos para 335,3 mil associados do Agro (comercial e rural), o que equivale a 48,6% do valor total. Quando considerado somente a carteira de crédito rural para as pessoas físicas, do total de cerca de R$ 40 bilhões, aproximadamente R$ 5 bilhões foram destinados às mulheres, ou seja, aproximadamente 12%.

Sobre a participação das mulheres na contratação de recursos junto ao Sicredi, a gerente de Crédito Rural do Sicredi, Marilucia Dalfert, afirma que análise de crédito é feita a partir do solicitante. “Neste momento, a quantidade de pessoas que demanda crédito junto às nossas cooperativas é em sua maioria homens, mas isso não quer dizer que elas não têm acesso. É uma questão de demanda. Estamos empenhados em apoiar o aumento da demanda por parte das associadas”, diz ao acrescentar que as cooperativas promovem uma série de ações que visam a inclusão e educação financeira, informações sobre crédito, investimentos, entre outros produtos financeiros para que elas possam ampliar sua participação na tomada de recursos.

Entre as ações para promover a equidade de gênero no cooperativismo de crédito e em todos os níveis de gestão das cooperativas, o Sicredi implantou, no ano passado, o Comitê Mulher, que promove ações educativas que preparam as mulheres associadas para liderar, empreender e promover o desenvolvimento do nosso modelo de negócio.

Resultados da Pesquisa

Segundo o estudo da Agroligadas, 69% das entrevistas são proprietárias/arrendatárias – agricultura de subsistência; 17% são diretoras, gerentes ou administradoras; 16% são empregadas ou supervisoras; 15% são veterinárias, agrônomas ou zootecnistas e 4% são estagiárias. Do total de entrevistadas, 41% delas possuem pós-graduação, 29% superior completo, 8% superior incompleto, 11% ensino médio completo, 6% ensino fundamental.

“Há tempos a figura da mulher no agro deixou de ser secundária. Aquela pessoa que apenas apoiava o marido na atividade rural deu lugar à proprietária que faz a gestão da sua lavoura de ponta a ponta. No entanto, há barreiras que precisam ser conhecidas por toda sociedade para que, assim, possam ser enfrentadas e sanadas. E essa é a importância da pesquisa”, diz Geni Caline, presidente da Agroligadas.

Em 2018, a Corteva Agriscience realizou uma pesquisa com 433 mulheres rurais no Brasil. De maneira geral, há um otimismo dessa nova leva de entrevistadas em relação às respondentes de três anos atrás, principalmente na questão da equidade de gênero. Apesar do otimismo, algumas barreiras ainda persistem, entre elas, o acesso ao financiamento e a capacitações. Sobre a questão financeira, o Sicredi adianta que está atento às demandas e às necessidades das associadas para orientar e atendê-las de forma assertiva.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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