Opinião

SEUS DENTES SÃO MAIS IMPORTANTES QUE O SEU CORAÇÃO?

Esta semana me deparei com um artigo que falava sobre “Primeiros Socorros Emocional”, do palestrante Guy Winch. Ele é um especialista neste assunto e acredita que todos deveriamos ser tambem. O artigo é muito interessante por que traz uma outra visão sobre cuidados emocionais. Diz que como somos ensinados a cuidar das feridas físicas e do nosso físico, deveríamos, também, saber lidar com as feridas emocionais.

“… Ninguém diria a alguém que quebrou a perna: 'Oh, fique tranquilo, daqui a pouco passa!'. Algo que é bem comum dizermos pra alguém deprimido, e todos os dias passamos alguns minutos escovando nossos dentes e não paramos para fazer um cuidado emocional . Por que cuidamos muito mais do nosso corpo que da nossa cabeça? Por que nossa saúde física é muito mais importante que a psicológica? Nos machucamos muito mais emocionalmente que fisicamente, ferimentos como solidão, medo, rejeição, tristeza, etc., quando ignorados se tornam graves, impactam nossas vidas dramaticamente e nos incapacitam”.

Existem inúmeros estudos que ensinam como lidar com as emoções, mas mesmo assim empurramos para debaixo do tapete com medo e vergonha de parecermos “fracos”. Uma das estratégias mais usadas é dar nome para as emoções, pare alguns segundos, feche os olhos e se pergunte: "O que sinto agora?". Se dermos o nome correto a emoção diminui.

O primeiro passo é admitir e acolher o sentimento sem julgá-lo, o segundo é se perguntar se existe algo que se possa fazer, se a resposta for sim, liste as ações à serem tomadas. Se for, não busque atividades que irão distraí-la. Segue um exemplo: fui assaltada, ninguém se feriu, fiz o B.O., nada mais a fazer. Ao invés de ficar remoendo o assalto por semanas, reflita sobre o evento. Sim, causa raiva, frustração, medo e tristeza, mas já passou, agora é buscar formas de se distrair.

O que o especialista chama a atenção é que negamos as emoções ruins o tempo todo, e se não forem acolhidas elas aumentam, por exemplo, uma irritação se torna mágoa/ressentimento, uma tristeza depressão e assim por diante. Quando uma criança chorar ou briga na escola, escute-a. Esse é o primeiro passo para ensinarmos nossos filhos a falar sobre o assunto, ao invés de dizer: "Não foi nada, vai passar".

Outra dica importante é, leia sobre o assunto, pesquise, converse com colegas, sua emoção afetam a sua energia, que afeta o seu ambiente, que afeta o seu resultado. De acordo com Chade Meng-Tan, “no contexto profissional, a inteligência emocional permite a exploração de três importantes habilidades : o desempenho extraordinário, a liderança incrível e a capacidade de criar condições de felicidade”.

Iracema Borges

About Author

Iracema Irigaray N. Borges, mãe de três anjos, ama comer tudo com banana, coach pelo ICI-SP, senha em dar cursos na África, Índia, EUA, onde o destino a levar e semanalmente escreve a coluna Coaching no Circuito Mato Grosso.

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